TEXTO 1: Afeganistão, a guerra anunciada - Comexnews FONTE: http://www.comexnews.com.br/detail.cfm?IDConteudo=5988
Estariam os EUA colocando seus interesses geopolíticos acima do verdadeiro combate ao terrorismo?
Teriam algum objetivo especial no Afeganistão?
Ao vasculhar arquivos da revista oficial do Exército dos EUA, a Nueva Radio encontrou um artigo revelador. Foi publicado na edição nº 72, de março/abril de 98, e é de autoria do tenente-coronel Lester W. Grau, um especialista em estratégia política e militar.
Depois de apontar a importância da Ásia Cental como fonte de abastecimento de petróleo para os EUA, o autor sugere abertamente que Washington estabeleça seu domínio sobre a região, através de uma ação militar maciça. Ao pregar, com base na lógica capitalista, a intervenção do Império no coração da Ásia, o artigo é mais contundente que mil acusações de pacifistas e ativistas de esquerda. "O litoral caspiano guarda 15% das reservas petrolíferas do mundo e metade das reservas de gás natural", afirma W. Grau. Essas gigantescas reservas ainda não estão entre as mais exploradas do planeta, pela dificuldade de escoamento dos produtos até algum porto oceânico.
Aí entra em jogo o Afeganistão. As rotas estudadas, até agora, para um possível oleoduto passariam por países vistos pelos EUA como pouco confiáveis (China, Irã e Rússia). Um outro caminho seria rasgar o solo afegão e alcançar o oceano Índico pelo Paquistão. Para enfrentar a instabilidade política que marca esses dois países e garantir o acesso seguro aos poços caspianos, W. Grau sugeria claramente, já em 98: é necessária uma ação militar maciça. Os passos seriam, segundo ele, convencer politicamente o mundo e a própria população dos EUA sobre a necessidade de intervir na região e construir uma capacidade logística para atacar a região (muito afastada dos porta-aviões estadunidenses) em caso de rebeliões locais colocarem em risco o fluxo dos oleodutos e o lucro das companhias de petróleo. . O interessado em ler o artigo do do tenente-coronel Lester W. Grau na íntegra, em espanhol, volte à página anterior e clique no link Por qué Afganistán?
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