O GLOBO - Informática Etc. - Carlos Alberto Teixeira
Artigo: 97 - Escrito em: 1992-12-19 - Publicado em: 1993-01-25


CD-ROM (parte 3)


Pensava que tinha acabado? Que nada. Depois desse chá de CD-ROM você poderá dar até aulas sobre o assunto. Aproveite a oportunidade e mande pirão:

*** É realmente importante ter um CD-ROM rápido? Interessa se o acesso é 300 ou 700 milissegundos?

Depende do tipo de aplicação que você estará usando. Muitos CD-ROM's são apenas gigantescos arquivos mortos, a partir dos quais você pode fazer cópias para seu velocíssimo winchester sempre que quiser. No entanto, se você vai acessar randomicamente grandes bancos de dados ou algum tipo de aplicação interativa em multimidia, então um CD-ROM lento já se torna uma pedra no sapato.

*** É realmente importante comprar uma unidade totalmente compatível com o padrão SCSI?

Diversos CD-ROM's suportam apenas um subset do padrão SCSI (pronuncia-se Skâzi) e normalmente já vêm com sua própria placa controladora semi-SCSI. Unidades totalmente SCSI compatíveis geralmente custam bem mais, mas são a melhor saída, caso você já tenha em seu micro uma controladora SCSI e deseja encadear diversos dispositivos, ou se você deseja usar sua unidade em outras máquinas.

*** Quanto custa produzir meu próprio CD-ROM?

Lá nos EUA, você pode mandar fazer um CD-ROM mestre por cerca de US$ 1300. Daí por diante, cada cópia adicional sai por US$ 1.50. As empresas que publicam CD-ROM's costumam oferecer descontos caprichados para os marinheiros de primeira viagem. Por exemplo, uma empresa chamada DMI (vide endereço adiante) oferece um pacote camarada, incluindo um disco mestre, 50 cópias e duas horas de suporte técnico por apenas US$ 750.

Se as tiragens que você tem em mente são pequenas, pode conseguir algo como US$ 200 para o primeiro disco e US$ 100 para cada cópia adicional.

*** Como posso publicar um CD-ROM?

Duas companhias já se firmaram no mercado por sua confiabilidade: DADC - Digital Audio Disc Corporation (subsidiária da Sony), 1800 North Fruitridge Avenue, Terre Haute, IN 47803 - EUA, (812)462-8100, fax (812)466-9125; DMI - Disc Manufacturing Inc. (subsidiária da Philips), 4905 Moores Mill Road, Huntsville, AL 35810 - EUA, (205)859-9042, fax (205)859-9932.


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*** É possível eu mesmo gravar meus CD-ROM's?

É sim. Para gravar poucas cópias você poderá comprar uma das seguintes unidades: JVC Personal ROM-Maker (US$ 12.5 mil), Philips CDD 521 (US$ 6 mil) ou Sony CDW-900E (US$ 10 mil). Estas unidades já foram anunciadas mas, até onde sabemos, nem nos EUA estarão disponíveis antes do final do ano. Telefones para contato: JVC Product Information: (714)965-2610; Philips Consumer Electronics: (615)475-8869; Sony Computer Peripheral Products: (800)352-7669.

Vale lembrar que os discos CD-ROM "virgens" custam cerca de US$ 40 cada. Caros não? Pois é: são diferentes de um CD-ROM comum. A superfície de metal é feita de ouro ao invés de alumínio.

*** Quanta informação cabe em um CD-ROM?

Depende um pouco da sua unidade, mas de forma geral eles costumam aguentar cerca de 650 megas sem problemas. Alguns chegam a 700, mas podem encrencar quando lidos em algumas unidades. Alguns grupos de usuários de CD-ROM oferecem um disco de diagnóstico com um programa que informa a capacidade máxima de sua unidade.

*** Afinal, porque a famosa interface Microsoft para CD-ROM, a MSCDEX, não roda com DOS 5.0?

Não roda porque é mais antiga que o DOS 5.0. O macete é usar o comando SETVER do MS-DOS 5.0 para fingir que sua versão é 4.01 e fazer seu MSCDEX 2.20 rodar sem a maldita mensagem "Incorrect DOS version". Se quiser resolver de vez a parada, obtenha o MSCDEX 2.21 e esqueça o SETVER. Esta nova versão pode ser encontrada em diversos BBS's cariocas.