O GLOBO - Informática Etc. - Carlos Alberto Teixeira
Artigo: 216 - Escrito em: 1995-05-08 - Publicado em: 1995-05-15


Melhorando o ótimo


Quem conheceu o livro do Sérgio Gallo, "Guia do CBBS" (Editora Campus), terá uma grata surpresa ao se debruçar sobre a 3a. Edição, já nas livrarias. O que era ótimo ficou ainda melhor. O título do livro sofreu um pequeno ajuste, tendo sido suprimido o "maldito" C, ficando "Guia do BBS". Como o autor é do tipo que não consegue parar quieto, vem sempre se empenhando em atualizar o material, de forma que nessa nova fornada o leitor pode ter certeza que irá usufruir da última palavra sobre esse assunto que tanto fascina o micreiro da atualidade.

Assim que engrenar na leitura, o neófito poderá dar logo o pontapé inicial, pois são oferecidos no livro cupons de acesso gratuito por 30 dias a três dos maiores BBS do país: Mandic (SP), Inside (RJ) e CentroIn (RJ).

A turma que conhece a literatura no ramo, mesmo comparando com títulos estrangeiros, insiste em apontar esse trabalho do Sérgio Gallo como um dos melhores apanhados sobre BBS que existe. Não chateia o leitor com detalhes excessivos e nem fica boiando nas nuvens. Equilibra-se habilmente no fio da navalha, numa linguagem didática e agradável, abordando o contexto de maneira bem aderente à nossa realidade telecomputacional, cá no Brasil.

Para os que desejam se tornar SysOps, o livro traz dicas de grande valor. Trata também das redes FidoNet e Internet e aborda o lado humano dos BBS, aspecto frequentemente esquecido em publicações desse tipo. E lá na página 142 traz uma histórica fotografia de um dos tradicionais encontros de BBSzeiros, imagem tocante para quem viveu aquele tempos gratuitos, românticos e ecumênicos.

Mas, minha prezada leitora, os apêndices do Guia do BBS, esses sim, estão de tirar o chapéu. São nove apêndices, cada um mais valioso do que o outro. Em resumo, diria que é um livro preciosíssimo, pode crer. Coloque-o debaixo dum braço, um modem debaixo do outro e saia navegando sem susto madrugadas adentro, curtindo sua BBS-Mania. (epa, já ouvi esse termo antes...)


A maior "velocidade" de que já se falou até agora para um Pentium foi de 150 MHz, mas de acordo com artigos postados no newsgroup "comp.sys.intel" da Usenet, a Intel Corp planeja levar o clock até 180 MHz dentro dos próximos 12 meses e está forçando a barra do processador P6 para gritar até 200 MHz, ao invés dos 133 megas anunciados. A estratégia da Intel seria cotar o P6 "entry-level" (dentre as opções disponíveis de um produto, a "entry-level" é a mais barata) a um preço inferior ao do Pentium "high-end" (oposto de entry-level, ou seja, a opção mais onerosa). Assim, repetiria a jogada que fez com o 486 DX4 e estaria motivando o consumidor a mudar logo para o P6. O que se lê no comp.sys.intel em termos de calendário é o seguinte: ainda em 95 teremos Pentiums de 133 e 150 MHz e P6 de 133 MHz. No comecinho de 96 chegariam o Pentium de 180 MHz e os P6 de 166 e 200 MHz. Fala-se de um Pentium 166 MHz ainda este ano, mas os frequentadores desse antro de "Intelólogos" torcem o nariz em descrédito. A turma da Intel está engendrando um variante do Pentium chamado P55c, começando com 150 MHz e operando com baixíssimas voltagens, possivelmente um cache maior e utilizando algumas técnicas de aceleração do processador de sinais, notadamente para aplicações NSP (Native Signal Processing). Quem puser as mãos num desses P55c estará levando de bandeja algumas facilidades que só o P6 iria apresentar, como por exemplo a tecnologia DE (Execução Dinâmica). Imagine que maravilha um bichinho desses, entrando no Windows e carregando 200 fonts TrueType num piscar de olhos, ou "renderizando" um frame cabeludíssimo de 3D Studio em menos de 1 segundo. Parece sonho.


Uma corrente de artigos no newsgroup "comp.hardware" da Usenet/Internet evidencia a fúria dos usuários em geral com a qualidade cada vez mais pobre dos disquetes que estão no mercado. Quem usava os velhos floppies de 5,25 polegadas sofre seguidas decepções com os pequenos disquetes de 3,5 polegadas, que apresentam muito mais erros que os grandões antigos. E vejam que os reclamantes são habitantes da tampa do planeta, hemisfério norte. E nós cá embaixo?

Os estoques que chegam até nossas lojas aqui no Brasil decerto devem ser diferentes dos de lá de cima. A diferença na qualidade de um lote nortista e um lote sulista é flagrante. Consequentemente, a quantidade de usuários brasileiros reclamando de erros e mais erros no meio magnético dos disquetes é de assustar. Como confiar em Gigas e Gigas de dados que queremos manter guardados por mais tempo? Nesse tempos de preços despencando, podemos começar a pensar em soluções mais parrudas. Se pusermos numa sala dois conselheiros, de um lado o João Marinho da Shell, morubixaba do AutoCAD e do outro, o Everaldo Bechara, mago da computação gráfica, teremos uma briga sangrenta. O primeiro aposta nos formidáveis drives removíveis SyQuest (opção mais em conta), que não dão dor de cabeça em tempo algum. O segundo exalta as fitinhas DAT (para os que tem mais bala na agulha), cada uma engolindo 2 Gigas, sem mosquito nem encrenca. A luta entre os dois seria renhida, mas uma coisa é certa: nenhum dos dois perderia suas informações.


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