O GLOBO - Informática Etc. - Carlos Alberto Teixeira
Artigo: 231 - Escrito em: 1995-08-22 - Publicado em: 1995-08-28


Caso de invasão


Conta-nos o notável Dr. Internet algumas estatísticas recentes sobre a redinha. A primeira é de que 99,9% dos interneteiros usam e-mail, ou seja, cerca de 50 milhões de almas. 72% dos usuários Internet têm acesso *APENAS* a e-mail, tal como ocorre com grande parte dos BBSzeiros aqui no Brasil. 89% dos usuários da rede apontam o e-mail como seu principal interesse na Internet. 27% dos usuários poderiam navegar na Web, mas apenas 10% o fazem.

Apenas 1% dos computadores do mundo estão pendurados à Internet, por enquanto. 50% das máquinas de negócios (business computers) possuem modems e 70% delas possuem fax. Observe a leitora o estupendo potencial que existe aí. Não é à toa o presente arranca rabo no que tange à Internet ultimamente.

Se houver interesse em pesquisar edições antigas do Dr. Internet, a leitora poderá apontar seu ftp para mrcnext.cso.uiuc.edu, diretório /pub/etext/articles, arquivos drnet*.* ou então para uiarchive.cso.uiuc.edu, no diretório /pub/etext/gutenberg/articles.


Henrique Manela, o herói de Greyskull, vulgo He-Man, passou-nos via e-mail a notícia de um usuário em Aarhus, Dinamarca, que decidiu instalar em sua máquina a versão "final beta" do Windows 95. O fato foi reportado por um ferrenho adepto do OS/2 Warp, Bjorn Thrane da IBM em Aarhus, que identificou o tal usuário apenas por "NN". Assim que entrou no sistema, o incauto NN se logou faceiro e serelepe na Microsoft Network e caiu na asneira sair clicando o mouse feito garoto. Clicou no Registration Wizard.

Resultado: o software deu uma discreta mas detalhada varrida em seu computador e enviou o resultado das silenciosas investigações direto para o covil da Microsoft. E o NN continuou todo alegrinho, deliciando-se com as maravilhas do seu brinquedo novo. Duas semanas depois recebeu pelo correio uma fatura de 1500 Dkr (= US$ 250) referente a um módulo não registrado de software Microsoft que havia sido detectado em seu micro.

Moral da estória, honoráveis amiguinhos: perscrutar máquina de pirata safado, pode. Pode mesmo? Sei lá eu. Mas que neguim da IBM está dando muita risada, isso tá.


A gente vê na TV, vê nos videos, vê no cinema e acaba aprendendo. É a tele-colonização, a torrente cultural a que estamos submetidos e que acaba deixando marcas em nosso comportamento. Por exemplo, aquele já famoso gesto de comemoração esportiva: dar um tapinha na mão aberta de um companheiro de time, quando se faz um gol, uma cesta ou um ponto no vôlei. É o chamado "Give me five!" (dê-me cinco... dedos). Coisa de americano, mas já bastante imitada aqui.

Surgiu recentemente no newsgroup rec.sports.football da Usenet, a notícia de um novo invento. O US Patent Office concedeu uma patente para um dispositivo chamado "The High-Five Arm". O apetrecho pode ser montado na parede, numa mesa ou na própria TV. Consiste de uma haste flexível com uma mãozinha de borracha na ponta para servir às entusiasmadas comemorações de um espectador solitário.


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