O GLOBO - Informática Etc. - Carlos Alberto Teixeira
Artigo: 306 - Escrito em: 1997-07-01 - Publicado em: 1997-07-07


Questâo urgente… lá


Enquanto nossos legisladores aqui ainda não dão lá muita bola para as questões informáticas de segurança e privacidade, o pessoal lá em cima continua alerta e agindo. Foi introduzido em junho passado no congresso americano o "Computer Security Enhancement Act of 1997", uma legislação voltada para fortalecer a segurança de computadores no governo federal de lá. Segundo os responsáveis pela medida, a ausência de segurança adequada nos sistemas de computadores governamentais civis nos EUA tornou-se um enorme problema. Este ano o GAO (Government Accounting Office) classificou a questão como sendo um tópico de alto risco, afetando todos os órgãos governamentais daquele país. Esse passo é dado agora como uma atualização da legislação promulgada em 1987, visando mantê-la em dia com as notáveis mudanças tecnológicas ocorridas na última década. É bem verdade que o velho Computer Security Act de 1987 ainda está longe de ter sido plenamente executado, mas mesmo assim os congressistas já se preocupam em complementar a lei com o que há de mais novo no mundo informático.

A primeira edição do Security Act estabelecia o NIST (National Institute of Standards and Technology) como sendo a agência líder em segurança computacional no âmbito civil do governo americano, fazendo-a responsável pelo desenvolvimento de padrões e políticas necessárias para garantir a segurança e a privacidade de informações sensíveis nos computadores federais. Contudo, nos 10 anos que se passaram desde então, a tecnologia mudou radicalmente. Essa nova lei leva em consideração a notável evolução das redes de computadores e seu uso nas esferas governamental e privada. Tornou-se vital prover mecanismos que assegurem a privacidade das informações sensíveis do governo federal dos EUA.

Segundo a nova lei, o NIST deverá adquirir e usar pesadamente as melhores ferramentas disponíveis em segurança de sistemas. Deverá também desenvolver severos testes para avaliar a robustez de produtos criptográficos estrangeiros. Outra medida será o estreitamento ainda maior dos laços entre o governo e as universidades, visando mantê-lo sempre em dia com os mais avançados estudos criptográficos em andamento. Para conhecer os trabalhos da comissão, visite http://www.house.gov/science/welcome.htm


Eis aqui a lista mais recente dos 10 softwares mais dowloadados pelos navegantes via Internet: (1) Netscape Communicator (32-bit complete install); (2) Internet-Connect (32-bit); (3) WinZip (32-bit; (4) Microsoft Internet Explorer (32-bit full install); (5) Netscape Communicator 4.01 Upgrade (32-bit); (6) Paint Shop Pro (32-bit); (7) Diablo; (8) McAfee VirusScan for Windows 95; (9) Applet Button Factory e (10) Blood. Se quiser mais detalhes, visite: http://www.download.com/PC/Result/MostPopular/0%2C3%2C0-0%2C00.html?dlpd


Tem gente que só dá valor à liberdade quando não a tem mais. Você sabia que em Cingapura os donos de impressoras e copiadoras coloridas precisam ter uma autorização governamental? Além disso eles têm que submeter às autoridades uma lista de todos os clientes e usuários de cada máquina. Precisam manter a máquina trancada, são obrigados a notificar o governo caso queiram mudar a máquina de lugar e precisam manter um registro detalhado das cópias e impressões feitas, incluindo "quando" e "quem" para cada serviço.


O grande campeão dentre os e-mailers é decididamente o Eudora. Já com mais de 18 milhões de usuários no mundo inteiro, o Eudora Pro 3.0 está disponível para Windows e Mac. O sites deles é http://www.eudora.com. Particularmente não uso Eudora, mas a rapaziada que usa só fala maravilhas. Fico quieto aqui no meu canto, usando o Internet Mail mesmo, aquele teimoso que vem embutido no Internet Explorer 3.02. Como sempre, continuo na segunda onda, sem grandes aporrinhações e sem ocupar muito o meu querido e pequeno agadê. Pioneirismo é coisa para os experts -- melhor é seguir atrás, só colhendo frutos maduros.


Cuidado com seus disquetes antigos e fitas velhas de backup. Quando você menos esperar, os antigos drives já estarão obsoletos. Muita gente já precisou de arquivos velhos que estavam em disquetes de 5 ¼ polegadas e descobriu que não tinha mais onde ler os tais discos. Mas isso não é problema só nosso não. Quase 90% dos dados transmitidos pelas missões espaciais americanas, armazenados em uma quantidade descomunal de fitas magnéticas (capazes de cobrir o gramado de 50 estádios de futebol) nunca foram analisadas. E nunca o serão, pois os tais dados só podem ser lidos por computadores obsoletos que não estão mais em operação.


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