O GLOBO - Informática Etc. - Carlos Alberto Teixeira
Artigo: 350 - Escrito em: 1998-05-05 - Publicado em: 1998-05-11


Será que a grande rede tem fim?


O fim da Internet: a gente vai navegando pela Web e jura que essa teia não tem fim. A cada site a gente encontra um link novo, clica e pula para o próximo. Pois bem, um aviso: a Internet tem fim, sim senhora. E este ponto especial fica geograficamente localizado no Estado de Newfoundland, leste do Canadá, mais especificamente na cidade de St. John’s. Pela rede afora, cada nó da malha de fibra óptica tem sempre mais de uma perna entrando ou saindo de si. Acontece que St. John’s é o final da linha: um site especial - sem links, situado exatamente na ponta da rede. Quem visitá-lo poderá dizer, sem mentir, que foi até o final da Internet. E para sair de lá, só mesmo clicando no "Back" do seu browser. O endereço do fim da Internet é <http://opaldata.com/the_end/index.html>.


A nova barbada é o telefone virtual, serviço oferecido pelo Mandic <www.mandic.com.br>, tradicional provedor Internet. A bossa foi criada para facilitar a vida de qualquer pessoa que seja bem comunicativa, goste muito de conhecer gente e de fazer novas amizades, tudo com a maior segurança e, principalmente, muita privacidade. Você passa a ter um número particular de telefone - sim, de telefone mesmo, com voz, "alô" e tudo. A coisa funciona como uma secretária eletrônica virtual personalizada. As pessoas ligam para o seu número e deixam uma mensagem gravada. Você pode ter diversos números virtuais diferentes, um para cada finalidade: trabalho, namoro, bate-papo, cobradores e por aí vai. No fim das contas, você acaba tendo uma secretária eletrônica múltipla com assuntos separados para cada número seu.

Quantas vezes acontece de você estar num chat daqueles bem quentes via Internet? Então você conhece aquela figura superinteressante e acha que pode rolar alguma coisa. Mas na hora de dar o telefone você fica pouco à vontade de fornecer o seu número de casa. Não há mais problema: basta dar o número do seu telefone virtual Mandic. A criatura liga, ouve a mensagem de saudação gravada com a sua própria voz e deixa a mensagem mais dengosa possível, com tempo limite de 30 segundos. Por sua vez, você poderá ouvir seus recados de qualquer telefone (apenas de São Paulo, DDD 011, por enquanto), a qualquer hora. Basta ligar para a central e informar sua senha particular. Você ouve suas mensagens somente quando achar mais propício.

Para fazer sua assinatura não precisa nem sair de casa. O pagamento é através de cartão de crédito. O preço é razoável: cada número virtual custa R$ 14,95 mensais para os profanos ou R$ 12,95 para os usuários do Mandic. Paga-se preço fixo, independentemente da quantidade de mensagens que você receba. Se por motivo de viagem ou qualquer outra razão você quiser cancelar temporária ou definitivamente sua conta no telefone virtual Mandic, poderá fazê-lo via Web também.

O sistema acumula até cinco mensagens de 30 segundos cada, guarda mensagens novas por 30 dias e mensagens arquivadas por 14 dias. Quando alguém de fora liga para o seu número virtual, após deixar gravada a mensagem, tem ainda a chance de regravá-la, caso necessário. A leitora, na hora de ouvir os seus recados, liga para a central e interrompe a mensagem de saudação digitando 9, depois a sua senha. Cada recado é armazenado com um selo de data e hora. É possível também alterar todas as suas opções pessoais à distância, incluindo sua saudação pessoal, seu nome e sua senha. Algumas destas operações só são possíveis em aparelhos telefônicos com discagem por tom, mas existe um macete para emular as teclas "*" e "#" em linha de discagem por pulso.


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