O GLOBO -
Informática Etc. - Carlos Alberto Teixeira
Artigo: 397 - Escrito em: 1999-03-31 -
Publicado em: 1999-04-05
Quem precisa do divã?
Mas se achar que é essencial, digite no sofá
Já está há quase um mês no ar um site bem inovador e ousado, a Psiconline <www.psiconline.psc.br>. É um dos pioneiros no Brasil em atendimento virtual psicológico clínico e organizacional. É uma proposta de "E-Counseling", modalidade de atendimento já usada nos EUA. Coordenado por uma equipe de psicólogos, o site facilita a aproximação de pessoas interessadas nesse tipo de tratamento mas que, por alguma razão, não podem se deslocar até um consultório, por exemplo: grávidas nas últimas semanas de gestação, mães com recém-nascidos, acidentados, "workaholics", pessoas com problemas ligados ao pânico de sair de casa ou mesmo indivíduos que se sentem inicialmente tímidos pela presença física do psicólogo e gente que mora em cidades onde não haja clínicas psicológicas.
A assessoria psicológica virtual pode também ser aplicada a empresas, por exemplo, na avaliação do desempenho de funcionários, na resolução de desequilíbrios organizacionais e mesmo na seleção e recrutamento de recursos humanos. Pode ser bastante útil também nas eventualmente conturbadas relações entre pais e filhos, marido e mulher, professor e aluno, ou qualquer situação em que a presença de um moderador se mostre necessária.
Se a pessoa está no sufoco e foi obrigada a abandonar seu tratamento psicoterapêutico convencional por razões de grana, o Psiconline é uma ótima opção. Também para quem nunca experimentou uma terapia por achar o custo alto, o site é uma boa. Qualquer internauta tem acesso às consultas, bastando para isso preencher um formulário sigiloso no próprio site. O diálogo ocorre através da troca de idéias que será feita por e-mail e, quando for o caso, via chat. Desse modo, a dinâmica do atendimento psicológico está garantida. E se o bicho pegar, a equipe do Psiconline encaminha o cliente para receber atendimento no consultório.
Segundo Manuela Silveira Moreira de Souza e Anna Catharina de Penasse, psicólogas da equipe do Psiconline, "o atendimento psicológico virtual pode servir como a primeira queda da barreira interna frente à busca dessa ajuda psicoterápica. É claro que existem desvantagens irrefutáveis se quisermos enquadrar a Psicologia Virtual nos moldes psicanalíticos, já que a proposta chave da psicanálise se encontra na transferência. No entanto, a Psicologia Virtual apresenta um aspecto impessoal importante, pois não permite um contato corporal direto entre o psicólogo e o cliente. É, portanto, mais uma via de acesso, uma porta aberta, um empurrãozinho para quebrar as resistências e dar continuidade ao processo de autoconhecimento. A Psicologia online, sendo uma nova abordagem, não deve nem ser endeusada como sendo a grande solução, como também não deve ser refutada de imediato. Tem suas utilidades, mas ainda está num processo de avaliação em que, somente no futuro, permitirá que se chegue a uma conclusão. Estamos ainda no estágio de pesquisa prática. Algum custo tem que haver até para a manutenção e o desenvolvimento do próprio sistema." Como o custo operacional do site é baixo, quem sai ganhando é o cliente. Vai lá, leitora, não custa nada uma visita ao site.
Já teve o desprazer de ver seu agadê crashar de repente? Deixe-me reformular a pergunta: seu disco rígido alguma vez já apresentou defeito grave, tipo aterragem de cabeças na superfície da mídia? É uma das coisas mais odiosas que podem acontecer com um micreiro. E quando você procura pelo backup... cadê o backup? A solução é tentar recuperar os dados a partir do próprio HD quebrado. É meio difícil encontrar quem resolva essa parada. Particularmente nunca experimentei os serviços dele, mas um certo mancebo chamado Sérgio Raposo, de Niterói, encara qualquer desafio desse tipo. Anote a página dele, para o caso de alguma desgraça digital, e confira se ele é mesmo um mago poderoso: <www.megaline.com.br/users/sraposo/>. Em seu site ele entrega de bandeja um monte de dicas e recomendações importantes para que você não tenha problemas com seus discos. Mas acidentes acontecem e é disso que ele vive. Segundo o Sérgio, quando um hard-disk dá problema, o usuário comum percebe sintomas pouco específicos e tem dificuldade de saber o que de fato aconteceu com seu adorado disco. As falhas num agadê podem ser várias, mas se exteriorizam de maneiras semelhantes. Os pepinos que normalmente ocorrem com discos rígidos são: apagamento ou alteração dos dados da partição pelo uso de algum programa específico (por exemplo, FDISK), formatação acidental, apagamento involuntário de arquivos ou diretórios, ataque de vírus, falha no sistema operacional, atuação indevida de programa, falta ou grande variação na alimentação de energia elétrica, defeito no hardware do computador ou mesmo choque mecânico. Sérgio afirma que em 90% dos casos é possível a recuperação pelo menos parcial dos dados.
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