O GLOBO - Informática Etc. - Carlos Alberto Teixeira
Artigo: 422 - Escrito em: 1999-09-22 - Publicado em: 1999-09-27


Timidez não é fatal


Site na Web oferece livro em HTML que ensina como se livrar desse terrível mal

A leitora anda achando os homens meio tímidos? De fato, dizem as mulheres que isso tem acontecido bastante. Se a timidez de algum pretendente a estiver incomodando, aceite minha sugestão. Envie para o tal sujeito vexado o seguinte URL: <http://personal.riverusers.com/~thegrendel/>. Lá ele poderá fazer download grátis de um ótimo manual para o homem tímido, em formato HTML, escrito em inglês por M. Cooper <[email protected]>, vulgo Cartaphilus. O título traduzido seria "Como encontrar mulheres: o guia do homem tímido para encontros e relacionamentos". Já está na versão 4.0, Release 3 e eu mesmo o estou lendo, pois preciso acabar de vez com essa minha vergonha. Posso assegurar -- o livro é paulada pura. Se você gostar do bicho, registre-se enviando dez verdinhas para o autor e receba dele pelo correio um simpático cartão em que virá escrito a mão "Thank You".


Quem se lembra do filme THE MATRIX que foi tema desta coluna há alguns meses? Acabou nem fazendo tanto sucesso de bilheteria aqui no Brasil, mas o pessoal que viu e parou para pensar na trama certamente a apreciou bastante. Pois recentemente a Arizona Web News Network <[email protected]> informou que foi aberta uma mailing list para os fãs do filme, em que serão divulgadas notícias quentes sobre as duas continuações que estão sendo previstas para a película. A lista não está associada aos produtores do filme e só distribuirá mensagens quando aparecerem novidades sobre o assunto, não configurando portanto uma lista de tráfego intenso. Para assinar, envie email para <[email protected]>, colocando no Assunto/Subject: SUBSCRIBE MATRIX NEWS. O endereço do moderador e dono da lista é <[email protected]>.


Uma pesquisa fresquinha conduzida lá na terra do titio pelo AOL (America Online) revelou que quase metade dos usuários da Internet afirmam que a grande rede se tornou uma necessidade em suas vidas. Se estivessem perdidos numa ilha deserta, estes usuários prefeririam ter uma conexão Internet do que um telefone ou uma televisão. Cerca de 51% dos pesquisados preferem usar email para se comunicarem em assuntos de negócios, 35% preferem o telefone e apenas 5% preferem o correio convencional. Foram entrevistados 1.001 (número estranho, não?) usuários da Internet, entre clientes e não clientes do AOL. Segundo Bob Pittman, presidente da empresa, esta tendência está se configurando de maneira bem mais rápida do que se previa e o AOL está alerta, querendo fazer da Internet algo tão central nas vidas das pessoas quanto o são o telefone e a TV. E os números continuam: 77% acreditam que a Rede veio para melhorar suas vidas; 71% dizem que regularmente ou ocasionalmente recorrem à Internet para obter informações sobre produtos que queiram adquirir, seja online mesmo, seja em lojas do mundo real.

Para se ter uma idéia do quanto os americanos gostam de estar online, metade dos entrevistados possuidores de laptops afirmam que levam suas maquininhas consigo nas férias e 26% deles acompanham seu email nestas ocasiões. O estudo também mostra que três quartos dos usuários se auto-classificam como noviços ou de nível intermediário na arte de navegar. Detalhe importante é o aumento da presença feminina no mundo online -- passaram de 38% há três anos, para 47% hoje.


Sobre o artigo da semana passada sobre o "Nosso Amigo Arroba", gostaria de agradecer de coração aos atentos leitores: Agostinho Araujo, Alfred Gary Myers Jr., Carlos Dufriche, Charles Roberto Pilger, Irene Raguenet Troccoli, Ivo Ázara, Jose de Sá Neto, Lina, Paulo Cesar Colonna Rosman, Renato Arruda e Ricardo Goldbach. Eles apontaram uma omissão minha no que tange à escolha do caractere @ por parte do legendário Ray Tomlinson, inventor do email. Segundo o texto histórico oficial, encontrado em <www.computerhistory.org/exhibits/internet_history/index.page>, a escolha do @ teria sido arbitrária, mas nosso bom senso leva a crer que não o foi. Em inglês, o sinal @ significa "at", ou seja, a preposição "em". Logo, a convenção "user@host" pressupunha que o usuário "user" estivesse pendurado à maquina "host", o que em inglês se leria: "user at host". Portanto, o endereço email "[email protected]" seria lido como "cat at oglobo dot com dot br" (dot = ponto). Este detalhe é tão óbvio para quem tem o inglês como língua mãe, que provavelmente foi esquecido no texto do site oficial e, por tabela, acabei também omitindo-o, pelo que ofereço minhas escusas.


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