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Joguinhos que deram certo |
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Artigo: | 548 |
Despretensioso site de games se mantém lucrativo em plena crise |
Publicado em: | 2002-08-19 | |
Escrito em: | 2002-08-14 |
Mark Gibbs, da Network World, nos traz a notícia de um sitezinho de grande sucesso, bem bolado, objetivo e com impecável apresentação, o GameHouse.com. É tocado por uma pequena empresa de 20 funcionários, de Seattle, nos EUA, que se especializou em joguinhos solitários. Apresentando 60 jogos que podem ser acionados online gratuitamente, a empresa oferece os mesmos jogos em versões superpoderosas ao preço de US$ 19,95 cada. As modalidades grátis, por si só, já são um show -- os joguinhos são viciantes. Que o provem os 75 milhões de downloads realizados apenas no mês passado.
Tem outra coisa interessante: a fuga do padrão Flash, que tem dominado quase esmagadoramente o universo dos games online. Isso porque os jogos do GameHouse são todos escritos em Java ou ShockWave pela equipe de desenvolvimento, composta de apenas oito profissionais, turminha boa, por sinal. Os programas são uma tetéia, graficamente falando, e seu desempenho é notável. Os efeitos sonoros também, admiráveis.
Quanto à grana, em primeiro lugar ela vem da venda das versões incrementadas dos jogos. Complementando esta fonte de renda, a empresa torna seus jogos disponíveis através de um programa de parceria, que já está em pleno funcionamento com a MSN e o Yahoo, por exemplo. Os jogos promovidos por estes parceiros tanto podem ser servidos pelas máquinas de seus próprios sites quanto pelas instalações da GameHouse. Para encher ainda mais o bolso da firma, além das licenças vendidas a seus parceiros, há um programa de venda de propagandas nos banners que aparecem na janela do browser enquanto o jogo está sendo carregado e também depois, enquanto o internauta se diverte com os desafios.
A empresa não escapou da dramática queda no mercado mundial de banners. No entanto, pelo fato de servir cerca de 500 milhões de banners mensalmente, acabou se dando bem pelo volume. Planeja faturar US$ 4 milhões este ano e US$ 7,5 milhões no ano que vem.
Quanto ao futuro, a GameHouse é fiel ao ditado de que "em time que está ganhando, não se mexe". Eles nem cogitam em expandir suas atividades para o ramo dos jogos multiplayer, ou seja, múltiplos jogadores. E parece ser uma jogada sábia, diante dos altos custos de desenvolvimento e de manutenção dos serviços de rede necessários para suportar uma interação multiusuário na internet. O que se vê é que, num momento em que o mercado é varrido por tempestades, a GameHouse se mantém lucrativa, o que é motivo de aplauso.
Como advertência final, fica a sugestão de que a leitora não visite o site da GameHouse, a menos que tenha bastante tempo livre. A coleção de jogos nem é tão extensa. Mas vai fazê-la passar um tempão experimentando cada um deles.
Pelados no aeroporto
Um detetor de metais e plásticos em teste no aeroporto de Orlando, nos EUA, constrangeu milhares de passageiros por ser capaz de captar, em abundante riqueza de detalhes, imagens deles como se estivessem peladaços. Os passageiros passavam pelo scanner voluntariamente, como opção para poupar tempo na revista, sem no entanto conhecer o real poder do aparelho. Qualquer um de nós imagina que um scanner de Raios-X de aeroporto só possibilite uma visão esmaecida da carcaça humana, mas neste caso, o visual produzido era altamente explícito, conforme imagens obtidas pela MSNBC.
Segundo o jornal London Sunday Telegraph, cidadãos britânicos desembarcando em Heathrow provenientes de Orlando ficaram profundamente envergonhados quando souberam do infeliz fato. Contudo, nem suas veementes reclamações ocasionaram a interrupção dos testes da máquina Secure 1000, que é capaz de detectar armas plásticas ou metálicas, C-4 (explosivo plástico), Detasheet (explosivo flexível produzido pela DuPont), dinamite, fibra de grafite, frascos de vidro, objetos de madeira, pacotes de narcóticos, papel moeda empacotado, peças cerâmicas, recipientes plásticos e seringas. Segundo as autoridades americanas, a engenhoca é infalível e não faz mal à saúde.
O equipamento é produzido pela empresa californiana Rapiscan, e requer que o passageiro fique parado durante seis segundos para uma varredura completa: à frente, atrás e dos lados esquerdo e direito. O fabricante jura que a imagem de cada passageiro não fica gravada em lugar algum, sendo imediatamente apagada após a passagem de cada pessoa. No entanto, diante da bastante provável possibilidade de que o uso deste sistema se difunda bastante, o que se comenta é que as criaturas mais vaidosas passarão a voar usando "cinta de segurança" para não fazer feio no Raio X.
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