O GLOBO - Informática Etc.
Carlos Alberto Teixeira - C@T

Saco de pancada

Artigo: 551

Técnica eficaz para aumentar a produtividade em ambientes corporativos

Publicado em:  2002-09-30
Escrito em:  2002-09-26

 

Algumas empresas de médio e grande porte estão adotando uma medida de grande utilidade para manter elevados a motivação e o moral de seus funcionários. Reservam o canto de uma sala, tão ventilado quanto possível, e penduram no teto um saco de pancadas, do tipo usado em treinamento de boxeadores.

Na hora do cafezinho ou da água gelada, o funcionário ou funcionária se aproxima do equipamento, espera sua vez na fila e fica esmurrando o saco até cansar ou saciar sua sede de violência. A idéia é projetar mentalmente sobre o objeto a figura do chefe, e imaginar que se está arrebentando sua cara impiedosamente. O processo costuma durar entre 30 e 50 segundos, o suficiente para extravasar os instintos animalescos e retornar ao trabalho com a alma lavada e pronto para aturar o superior imediato com toda a tranqüilidade que o chefe merece.


A febre de clonagem de telefones celulares cariocas no aeroporto de Congonhas já é bem conhecida. Quando o assinante carioca chega em São Paulo de avião, logo depois de sair da aeronave, no momento em que liga o celular, inicia-se o protocolo que dá início ao "roaming". Como se sabe, é através deste processo que o celular de uma cidade pode funcionar em outra. Nesse momento, o telefone entra por um breve instante no modo analógico, antes de se encaixar no esquema de transmissão de Sampa, voltando ao modo digital. Justamente, no instante desse pulinho do roaming, é que os lalaus clonam o aparelho. Segundo alguns especialistas, é melhor deixar para ligar o celular depois que sair do aeroporto.

Mas o crime não dá moleza e, mais recentemente, a moda tem sido outra: o roubo de notebooks. Os larápios ficam atentos aos passageiros que chegam no desembarque. Permanecem de olho nas pastinhas típicas para carregar laptops e marcam cada figura. Em seguida, provavelmente através de celular, Nextel ou rádio, entram em contato com motoqueiros previamente mancomunados, fornecendo a eles a identificação precisa do boneco e em qual taxi o coitado embarcou. Em seguida, quando a vítima já está a bordo de seu táxi tranqüilão, lendo o jornal nos onipresentes engarrafamentos do trânsito paulistano, chega o motoqueiro bem informado e já chega logo com o trabuco em punho, exigindo sem rodeios o computador. Adeus laptop.

O procedimento preventivo, de acordo com a turma da segurança, é sempre levar seu notebook, nas viagens aéreas para a terra da garoa, dentro de alguma sacola ou maleta maior ou, pelo menos, qualquer bolsa diferente da costumeira malinha de laptop, já super manjada pelos criminosos.


Está circulando via email uma prancha de desenho técnico, supostamente produzida em Portugal, detalhando normas industriais portuguesas empregadas na tecnologia mecânica. O título do desenho é "Parafusos de furação e tratamento por atrito". Sem dúvida se trata de uma falsificação, mas primorosa, temos que reconhecer. Os gaiatos se deram até ao trabalho de simular sujeiras e falhas no papel, fingindo que seria um documento antigo e bastante manuseado antes de passar pelo scanner. Sem dúvida é mais uma imperdoável maldade com nossos queridos irmãos de além-mar, mas vale a pena imprimir e repassar para os amigos. Veja o link abaixo.


Três sugestões sobre CD-ROMs: 

  1. Não seguir a mais deplorável das modas informáticas -- chamar o pobre disquinho de CD-RUM. O ROM significa "read-only memory" (memória apenas de leitura). Dizendo CD-RUM a pessoa passa um atestado inquestionável de ignorância completa do assunto;

  2. Não grudar fora do centro etiquetas comuns sobre o disco, aquelas retangulares. O peso da etiqueta, com o disco em alta rotação, desloca excentricamente o centro de gravidade do conjunto "CD-ROM + etiqueta", produzindo uma nítida vibração no drive, que pode até danificá-lo; e

  3. Se usar a etiqueta correta, aquela circular com furo no meio, muito cuidado se tiver de retirá-la pois se arrancar a película do disco, adeus dados gravados.


Má notícia. O proxy público Magusnet, aqui recomendado para burlar os filtros por IP e acessar sites militares nos EUA e outras páginas restritas, fechou poucos dias após a publicação da coluna passada em 2002-09-16. Pode ter sido mera coincidência, ou então os camaradinhas de lá notaram um repentino fluxo mais intenso de acessos oriundos daqui do Brasil e optaram por fechar a porteira. Como alternativa, estamos testando as dezenas de proxys indicados no site Stay Invisible, dica do amigo Carlindo Costa. Até agora não achamos nenhum que fure o bloqueio, mas continuamos tentando. Quem souber, por favor informe, que repassaremos a dica aqui.

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