Segundo a CNET-Asia, tem havido na China uma febre de anúncios ilegais impressos em etiquetas adesivas, que estão sendo grudadas em tudo que é canto. Basta procurar mais ou menos na linha de visão dos transeuntes em ruas, banheiros, pontos de ônibus e postes, e lá estarão as onipresentes etiquetinhas. O problema tem afetado as zonas urbanas e costeiras chinesas. Os produtos e serviços anunciados vão desde software, CDs, DVDs e piratas, passando por pornografia, prostituição, drogas, carteiras de identidade e passaportes falsificados, até diplomas universitários fajutos. Os telefones para contato que aparecem nas etiquetas são invariavelmente números de celulares. As autoridades chinesas estão apelando à tecnologia para capturar ou pelo menos atormentar os contraventores. Oficiais na cidade de Hangzhou, capital da província de Zhejiang, desenvolveram um sistema que bombardeia estes celulares suspeitos com uma torrente de mensagens de voz pré-gravadas. De 20 em 20 segundos é feita uma discagem dirigida a cada celular e quem atende ouve uma voz dizendo algo do tipo: "Você infringiu a lei divulgando um anúncio ilegal. Pare imediatamente com esta atividade e dirija-se ao Departamento Administrativo Urbano de Hangzhou para ser punido". É óbvio que ninguém obedece ao convite de ir à repartição se entregar. Mas o ataque é tão enervante que o facínora se vê forçado a mudar o número do celular e, com isso, perde todos os potenciais negócios que fecharia graças às etiquetas já distribuídas. Ao mesmo tempo, os possíveis clientes não conseguem mais ligar pro tal celular, já que a linha está quase sempre ocupada com as repetidas chamadas feitas pelo sistema. Segundo as autoridades, não há risco de que cidadãos inocentes sejam atormentados por engano, já que os números são sempre obtidos nas tais etiquetinhas. Ou seja, eis aí mais uma daquelas declarações imbecis dadas por gente que só pode ter titica de galinha na cabeça. Quantos casos não haverá de gente se aproveitando desse esforço policial para se vingar de desafetos? Imagine, por exemplo, um chinês espírito-de-porco que tenha uma vizinha bem chata e encrenqueira. Será que ele resistiria à idéia de produzir e grudar umas duzentas etiquetas adesivas anunciando revistinhas de sacanagem, CDs piratas da Madonna ou diplomas falsos de mestrado em computação, informando o celular da maldita senhora? Falaram muito que é possível esconder mensagens de texto dentro de imagens aparentemente inofensivas, num processo chamado esteganografia. E muitos pensaram que era loucura e pura invenção. Mas não é não, leitora. É possível sim. E mais ainda, com um mero jogo de cores dá até para esconder uma imagem dentro da outra. Por exemplo, vejam esta foto dum campo de girassóis que me foi enviada pelo amigo Oleg Danilov, de Belarus: <www.movement.ru/d0Rk/lj/ctrl-a.jpg>. Clique sobre a foto e tecle Ctrl-A (select all). Feia essa mania que alguns têm de repassar material via email sem informar a fonte. Muita gente se dá ao trabalho de mutilar uma remessa, apenas para fingir ser o autor. Há poucos dias mandei para a goldenlist <http://catalisando.com/goldenlist> uma deliciosa vídeo montagem do Bush e do Blair cantando "Endless Love", lamentavelmente truncada. Algum infeliz tinha deliberadamente capado o início e o final do filme. Graças ao leitor Ismael Nogueira fiquei sabendo que existe uma versão completa (.mov com 4,482MB) em que aparecem os créditos ao autor original, o estúdio sueco Atmo, que produziu a série Readmylips fazendo ótimas trucagens de sincronização de áudio e vídeo com base em movimentos labiais. A idéia foi de Johan Söderberg, editor do Atmo, que já realizou mais de 40 peças semelhantes de sincronização, algumas das quais já se tornaram cult na internet. Atualmente, Readmylips se dedica a comentar política global e se tornou quase uma mania compulsiva para Johan.

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