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Corrosão maldita |
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Artigo: | 571 |
O Oceano Atlântico e sua ameaça silenciosa |
Publicado em: | 2003-07-07 | |
Escrito em: | 2003-07-03 |
Num belo dia ele tossiu, no seguinte engasgou e na sexta-feira treze estrebuchou. Não ligou mais. Chequei tudo que era periférico e os indícios apontavam para algo lá dentro do gabinete mesmo. Ou era a fonte de alimentação ou coisa pior. Meu querido Compaq 7583 velho de guerra, comprado no ano 2000, me deixou na mão. Só duas autorizadas aqui no Rio: Copacabana e Riachuelo. Como meu pai já tinha experimentado a segunda, a
SIM Informática, lá fui eu atrás. Eriberto, o gerente, me encaminhou para um verdadeiro mago, o técnico André Monteiro, que avaliou o paciente me deu a má notícia: placa-mãe corroída e drive CD-RW bichado. Bem, pelo menos eu tinha o backup semanal em dia.É muito bacana ter banda larga em casa e deixar a máquina ligada o tempo todo, faça chuva, faça sol, baixando infindáveis gigabytes de material e checando o email a cada meia-hora. No entanto, em zona litorânea, esse luxo tem um alto preço. É que o sal do ar, impulsionado pelos ventiladores do gabinete, faz um terrível estrago nas ferragens. Em suma, quem matou minha placa foi a maresia do Atlântico. Fique então atenta a leitora, proteja suas ventoinhas como puder (as do seu computador, deixo claro). Ponha nelas filtros de ar e não exagere no tempo de máquina ligada. Aproveite sua banda larga, mas sem excessos.
O atencioso André ofereceu-me algumas opções, mas acabei preferindo abrir mão da famosa griffe e cair na maravalha. Lá saí eu, vasculhando as centenas de barraquinhas nos infoshoppings da cidade em busca de uma motherboard que se dignasse a aceitar meu vetusto Pentium III 600 MHz e dois pentes de memória PC100 de 128MB. Árdua busca, mas encontrei, e a um bom preço, no InfoCentro (Edifício Avenida Central) na @LEAL, estande 205. Aproveitei o embalo e comprei um combo DVD/CD-RW, um Seagate de 80GB e umas gavetas com "cooler" para instalar tanto o novo HD quanto o antigo. Montada e testadíssima pelo hábil André, a máquina ficou uma tetéia. Ele ainda fez um "ghost" do HD velho (20GB) para o novo para tentar aproveitar a velha configuração. Se a leitora não se lembra do que é ghost (fantasma), é aquele processo esperto de copiar bit a bit o conteúdo de um disco para outro, quase uma xerox.
Chegando em casa parecia tudo ok, mas foram surgindo uns probleminhas de software que me levaram a limar o HD novo, formatando-o e tascando nele, novamente, meu querido sistema operacional que, quando eu lhe disser o nome dele, leitora, é certo que você vai torcer o nariz: Windows 98/SE. Sim, é isso mesmo, eu ainda uso essa peça de museu e estou feliz da vida. Serve-me perfeitamente bem, sem gigantismos nem perfumarias, rápido e rasteiro. É bem verdade que já sinto que está com seus dias contados, mas não por modismo nem por upgradose patológica. É que começam a rarear drivers de novos periféricos para o W98, só isso.
Pois bem, na hora de começar a trabalhar na máquina pra valer, caiu-me outra ficha: quanta coisa útil eu tinha pendurada naquele Windows do HD velho. Em três anos de uso, a quantidade de acessoriozinhos que a gente vai baixando e instalando acaba se mostrando assombrosa. Sendo este um processo paulatino, pingado, a gente nem sente. Mas quando pinta a necessidade de reinstalar tudo do zero, aí fica patente a herculaneidade da tarefa. Neste particular foi-me bastante útil mais uma de minhas manias compulsivas: queimar em CD-R tudo que ia baixando da internet, gravando em formato original e batizando com filenames longos e honestos, que pudessem ser vasculhados com qualquer "
grep" da vida à guisa de ferramenta de busca, varrendo a pequena coleção de 143 arquivos-texto que mantenho, cada qual contendo o diretório de um CD que fiz questão de gravar em duas cópias idênticas catalogadas por número.A faina então consistiu em reinstalar mais de 90 ferramentas, utilitários e drivers, trabalho que ainda não terminou. Quanto aos mais de cinco mil emails que se acumularam durante esses 15 dias de máquina parada, contei com o apoio da máquina dos meus pais, também Compaq, onde foram baixando as minhas mensagens duas vezes por dia e jogando tudo num arquivo "dbx" de Outlook Express. Quando minha máquina acordou novamente, chupei as mensagens de volta pro meu sistema graças ao inestimável
DBXtract de autoria do emérito Stephen Cochran. Os 7,3GB de mensagens guardadas no HD velho foram preservados, mas as minhas preciosas e numerosas regras de encaminhamento de emails, essas perdi-as todas. Burrice minha, é claro. Se tivesse antes me interessado em experimentar o estupendo OEBackup do Majik, oferecido de graça no mesmo site do DBXtract, bastaria baixar um backup perfeito da configuração completa do Outlook Express 5.5 que eu tinha. E, melhor, mesmo fazendo o upgrade para OE6, como fiz há poucos dias, o formato dos arquivos se manteve e os dbx funcionam que é uma beleza.Outra dica então é, se a leitora usar Outlook Express 5+, adicionar ao seu procedimento semanal de backup uma rodada completa do OEBackup, salvando os resultados com cuidado.
Quanto às memórias, recebi da turma do provedor
Inside a preciosa dica de procurar o veterano Arnaldo Mefano, dono da Computer Solutions e autor de uma riquíssima newsletter sobre hardware e sistemas em geral. Ele oferece via web este importante acervo de conhecimentos práticos desde 1998 e já conta com mais de 4.500 assinantes. Pois foi com ele que comprei o pente RAM PC133 de 256MB que faltava para completar meu banco de memórias e aqui estou, escrevendo para as adoradas leitoras esta coluninha de hoje, já na maquineta upgradeada e com font Arial corpo 26, pois essa conjuntitive tem me deixado quase cegueta por esses dias.
Và à página
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