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Ver o circo pegar fogo |
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Artigo: | 575 |
Alegria do palhaço e duas pesquisas saindo do forno |
Publicado em: | 2003-09-01 | |
Escrito em: | 2003-08-27 |
Até agora ainda se fazem sentir os efeitos da praga mundial do worm Sobig.F. É bem verdade que foi um ataque muito bem bolado, mas ele se mostrou ainda mais eficiente por dois motivos. Em primeiro lugar, ficaram patentes a falta de preparo dos usuários na hora em que aparecem atachados inesperados e o desleixo na atualização dos antivírus. Mas há um outro cruel fenômeno que sempre põe lenha na fogueira nesses casos de contágios mundiais de vírus ou worms, especialmente nos ambientes corporativos. Como se sabe, a maioria das grandes empresas conta com equipes bem atentas no setor de TI, profissionais que dificilmente comem mosca, ainda mais quando há uma epidemia digital de grandes proporções na rede. Eles se esmeram em erigir sólidas barreiras visando a impedir que a contaminação entre nas máquinas da companhia. O problema é que sempre existem um ou mais espíritos-de-porco, sejam funcionários, sejam temporários, que têm acesso ao lado de dentro da couraça protetora. Nos newsgroups da Usenet há vários relatos anônimos de gente que acessou via webmail suas caixas particulares de correio, encontrou mensagens contaminadas, identificou o que eram e deliberadamente as importou para dentro da firma, facilitando o contágio a partir das entranhas do sistema.
De acordo com pesquisa feita pela
Osterman Research, em cada dia de trabalho, um usuário corporativo envia uma média de 29 emails e recebe cerca de 59. Assim sendo, durante um ano inteiro, ele envia e recebe cerca de 23 mil mensagens. Considerando que o tamanho médio de um email é de 50 kB, levando em conta os atachados, então lá se vão 1,1 GB de tráfico anual de correio eletrônico.Em termos de armazenamento, pode-se no mínimo dobrar este total, já que na maior parte das vezes o usuário guarda todas as mensagens enviadas, além do fato de que muitos emails são enviados para uma penca de gente.
Em média, um internauta gasta 77 minutos por dia às voltas só com email: apagando mensagens antigas, arquivando textos importantes, anexos e coisas do tipo. Logo, ao final de um ano, terá passado 1,7 semanas mexendo só em correio eletrônico, ou seja, gastando nisso cerca de 3% de seu tempo útil no escritório. Considerando um salário mensal de R$ 1.500,00, cada usuário custa anualmente R$ 540,00 à empresa só para ficar emailando. E nós sabemos que na verdade é muito mais do que isso, pois é uma enormidade o tempo gasto pela turma brincando o email, utilizando indevidamente tempo, largura de banda e disco.
Tem mais: 94% dos internautas se referem a mensagens antigas ao responderem ao email e 74% do total têm problemas para encontrar determinadas mensagens velhas que eles sabem que têm guardadas em algum canto. Emails com mais de duas semanas de idade já começam a ser difíceis de encontrar, de acordo com a pesquisa, o que evidencia uma necessidade crítica de formas mais eficazes para arquivamento, indexação e recuperação de mensagens.
Segundo
Denise Pappalardo, que após quatro anos está deixando a editoria do ISP News Report, a onda wireless está se tornando a escolha mais comum para os usuários de notebooks. Nos EUA, mais de 50% dos usuários dessas maquinetas estão acessando redes sem fio por pelo menos uma hora diariamente. Este foi o resultado de uma outra pesquisa, esta conduzida em conjunto pelas empresas Power Strategies, Alpha Beta Planning e marketQuest. Nela foram entrevistados 619 usuários de computação móvel, dos quais 311 utilizavam notebooks. Constatou-se que a solução wireless é sem dúvida uma verdadeira febre na hora de baixar email ou sincronizar o Palm, seja via Wi-Fi, seja via Bluetooth.E a tendência é que ainda aumente muito o número de usuários, já que novas opções surgem aos borbotões: vem crescendo loucamente o número de redes Wi-Fi e está havendo um foco intenso dos provedores americanos no sentido adequar suas redes ao padrão 3G de telefonia celular, como AT&T Wireless, Sprint PCS e T-Mobile. Lá na terra do titio, já pega até mal um executivo usar linha discada em viagem para sincronizar seu note.
Ao mesmo tempo, quando antes era necessário plugar seu PDA à máquina desktop para que os dois trocassem figurinhas, hoje já é café pequeno fazer o mesmo via infravermelho ou Bluetooth.
Outros dados interessantes vieram à tona graças à mesma pesquisa, intitulada "The Balance of Power" (O Equilíbrio do Poder -- no sentido de força elétrica, no caso). Cerca de 65% dos usuários americanos de notebook utilizam suas máquinas com alimentação pelas baterias, entre uma e três horas por dia. Quanto à fome de energia, 21% do total de usuários compram bateria extra. E agora o detalhe mais curioso: homens compram para seus notebooks duas vezes mais baterias adicionais do que as mulheres. O porquê? Não se sabe.
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