Foi lançado anteontem o projeto "Fábrica do Futuro", uma incubadora social e cultural localizada em Cataguases, na Zona da Mata mineira, nos moldes de uma organização da sociedade civil, de interesse público e sem fins lucrativos. O objetivo é promover a inclusão social da juventude local, num mix de cultura e novas tecnologias, com ênfase na educação e na produção audiovisual com suporte digital. Conheci de perto o projeto, as idéias e as perspectivas e fiquei impressionado, é uma iniciativa contagiante. A primeira fase do projeto será montada numa área de 2.000 m2 no Instituto Francisca de Souza Peixoto onde vai ficar a incubadora cultural, com a instalação de uma galeria multimídia, loja, cibercafé, laboratórios de informática, telecentro, estúdios de TV, Web TV, rádio, música e fotografia, ilhas de edição, bancos de imagens, biblioteca digital e auditório. Será criada também uma central de hospedagem tipo albergue da juventude, que receberá artistas, professores convidados e bolsistas de instituições nacionais e internacionais. A segunda etapa da Fábrica do Futuro vai instalar um Pólo de Criação e Produção Audiovisual num outro espaço ainda maior, de 7.000 m2, num galpão da Companhia Industrial Cataguases, uma indústria têxtil cuja história remonta a 1905 e que, diga-se de passagem, não tem nada a ver com o acidente ecológico de março passado, causado por uma indústria de papel da região. No evento de lançamento e nos debates que se seguiram já foram se alinhando os parceiros: empresas de tecnologia, de mídia e gente pesada do mundo acadêmico, todos interessados em unir esforços à iniciativa da Fábrica do Futuro. Ainda vamos ouvir falar muito neste projeto. Para quem lida com gerenciamento eletrônico de documentos (GED), semana que vem tem InfoImagem 2003, de 6 a 9 de outubro, no Centro de Convenções Rebouças, à Rua Frei Caneca, 569, em Sampa. Será uma oportunidade boa para conhecer de perto uma das melhores sacadas que já vi para digitalização e indexação de documentos, a solução da DocPro. Conheci o produto deles em 1998 e já fiquei boquiaberto. E mais recentemente, há poucos meses, travei novo contato e pude constatar que o que era bom ficou ainda melhor. O que eles fazem é digitalizar documentos via scanner e indexar cada palavra do texto através de um engenhoso processo envolvendo OCR (optical character recognition = reconhecimento ótico de caracteres) e inteligência artificial. Graças a uma poderosa e inacreditavelmente rápida ferramenta de busca, é possível fazer busca booleana por palavras-chave e obter como resultado imagens em alta resolução dos documentos originais, com todas as palavras encontradas marcadas em verde vivo. Tudo bem, se fossem apenas documentos scanneados bem impressos, não seria nada demais. No entanto, o danado do sistema funciona até com documentos antigos, impressos com fontes tipográficas irregulares. Para o usuário, não há perda de tempo com classificações explícitas: o software vai lá, varre tudo e indexa tudo. E nem por isso o banco de dados fica estupidamente grande nem irritantemente lento. Logicamente não é um serviço que saia a preço de banana, mas os clientes da DocPro certamente estão rindo para as paredes. Entidades e empresas como Biblioteca Nacional, Embraer, Petrobras e TV Globo adotaram a solução DocPro para organizar e acessar seus acervos nas áreas de recursos humanos, clipping, documentos históricos, engenharia, jurídicos, microfilmes e plantas. E para organizar seus documentos e arquivos particulares, várias celebridades também se renderam ao poder da ferramenta: Daniel Filho, Dias Gomes, Fernando Morais, Jô Soares e Saulo Ramos, entre outros. Para ter uma idéia geral do sistema, leia no site o depoimento de José Lavaquial, diretor da DocPro. Mas não pare por aí: baixe o plug-in e visite online os acervos da Academia Brasileira de Letras, Biblioteca Nacional, CVM, Fiocruz, Museu Histórico Nacional e Petrobras. Meu obrigado ao Sidney Simões que mandou a dica do Celestia, uma incrível simulação espacial grátis em tempo real que permite experimentar o universo em três dimensões. Nada de ficar preso à Terra ou ao Sistema Solar: dá para sair voando por mais de 100 mil estrelas, indo além da galáxia. É possível explorar o infinito em vários níveis de escala, graças a um zoom exponencial. Mas aviso, tenha paciência para baixar o dito cujo, pois o executável binário tem 11,5 MB. E se quiser se divertir, pode baixar o fonte completo do bichão. Termino informando os links de hoje <http://catalisando.com/infoetc/20030929.htm> e mandando um beijo grande pelo aniversário de uma das pessoas que mais me orgulho de ter transformado em internauta: Dona Marlene. Parabéns, mãezinha.

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