O GLOBO - Informática Etc.
Carlos Alberto Teixeira
C@T

Correio de voz para todos

Artigo: 579

 Projeto social americano bem que podia fazer escola

Publicado em:  2003-10-27
Escrito em:  2003-10-22

 

"Qual o telefone para contato?" -- Eis aí aquela pergunta tradicional que aflige desempregados e sem-teto. Na fila do emprego ou da moradia, quem está em dificuldades geralmente não tem como responder a ela e logo vê seu nome anotado em alguma lista secundária, onde passará a frente quem puder ser mais facilmente contactável. Além disso, na hora do sufoco as pessoas têm que sair cortando gastos, optando entre não pagar o aluguel, a luz, o transporte ou o telefone. Naturalmente, quem logo dança é este último, o telefone. Qual a saída então?

O problema do desemprego não existe apenas aqui, mas em todo canto. Porém, com um pouco de criatividade, espírito empreendedor, seriedade e um olho fixo no social, a solução aparece.

Exemplo disso é a Community Voice Mail (cvm.org), organização sem fins lucrativos sediada em Seattle, nos Estados Unidos, que atende a 25 mil necessitados em 37 cidades americanas, oferecendo gratuitamente caixa postal de voz num número fixo individual. Não é um telefone, mas permite que o chamador grave mensagens. Depois, o dono da caixa só precisa ouvir os recados a partir de um telefone público ou por favor de um parente ou conhecido. Aí está uma saída simples, engenhosa e com alto retorno no âmbito social, afastando o estigma que paira sobre cidadãos sem trabalho ou num momento particularmente difícil ou de transição. Um número telefônico confiável e particular pode ser o elo crucial para se conseguir um emprego ou uma vaga financeiramente acessível para moradia. E o melhor: envolve um mínimo de alta-tecnologia, apenas uma pequena infraestrutura e o bom e velho telefone convencional.

Enxutíssima, a C.V.M. opera desde 1992 com apenas quatro funcionários, pretendendo chegar a 2007 estendendo o benefício a 65 mil contemplados em 50 cidades nos EUA, graças a doações corporativas de peso, como a que fez a Cisco Systems, que ofereceu US$ 2,5 milhões à agência em setembro de 2003. Quanto aos resultados, no ano passado, 50% dos usuários desempregados beneficiados pelo projeto conseguiram trabalho e 65% dos sem-teto encontraram onde morar.

É uma idéia que poderia muito bem ser copiada nos grandes centros urbanos aqui no Brasil, já que os custos não são exorbitantes e considerando que já temos a infraestrutura básica necessária. Falta só arregaçar as mangas e pôr mãos à obra. Quem se habilita a dar o pontapé inicial?


Com a recente beatificação de Madre Teresa de Calcutá, aprendi mais uma. A leitora sabe como a religiosa era chamada em inglês? Mother Teresa of Kolkata. Se quiser uma penca de exemplos visite o Altavista e informe como argumento de busca "teresa kol* vatic*" sem as aspas.

Aliás, eis aqui um exemplo de porque o Altavista ainda não sucumbiu por completo diante do assombroso poderio do Google. É que este outro não oferece busca com wildcards (curingas) nem pesquisa booleana. Se você nunca usou estes recursos do Altavista, não sabe o que está perdendo.

Através da busca com wildcards é possível procurar palavras incompletas usando o caractere asterisco como curinga. Por exemplo, informando "pla*" você encontrará textos com planeta, plano, planisfério, placa, etc. Infelizmente a sintaxe de wildcards no Altavista não é a mesma das "regular expressions" de UNIX. É preciso que o argumento tenha pelo menos três caracteres antes do asterisco. Assim sendo, não valem "gr*", "*mento" nem "*ase*".

No que tange à busca booleana, você terá que usar a pesquisa avançada, lançando mão opcionalmente de parênteses e conectores lógicos como AND, OR, NEAR e NOT, além de outras facilidades muito bem explicadas na página de ajuda do site.

As ferramentas de busca em geral se tornaram tão poderosas que fica difícil peneirar toda a massa de informações que se recebe como resposta a uma consulta. O grande desafio passa a ser o refinamento das buscas, e é nesse sentido que estas ferramentas do Altavista ainda nos são muito úteis. Praticando bastante com os operadores booleanos e os parênteses na busca avançada desta ferramenta, pode-se obter resultados bastante precisos com poucas consultas. E nos casos de consultas mais complexas, já cansei de começar buscando com Altavista e pular de um conjunto mais enxuto de resultados para dentro de uma busca no Google.


Para pagar contas em banco sem precisar ir à agência temos três jeitos. O primeiro é ter um office-boy que vá por nós. O segundo é fazer tudo pela internet, através do site de seu banco, digitando aqueles intermináveis números do código de barras. E o terceiro é ligar para o atendimento do banco, chamar a atendente e recitar para ela a numeração do código de barras de cada conta. Já experimentei a segunda e a terceira modalidades, pois a primeira é areia demais pro meu caminhãozinho. E mesmo sendo ferrenho adepto internético, jogo a toalha. O terceiro jeito é um trilhão de vezes mais fácil, prático e rápido. Se a moça do lado de lá for bamba, o que geralmente elas são, e se a gente se acostumar a falar pausadamente os números, dá pra resolver uma pilha de contas em poucos minutos. E o motivo é simples: elas são digitadoras profissionais. E nós não.


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