Artigo: 601 / Publicação: 2004-08-30
AS ENTRANHAS DUM EMAIL
Emails infectados já se tornaram coisa corriqueira nas caixas de entrada de quase todo mundo. O pessoal já nem esquenta mais. A cara dessas pragas é mais ou menos a mesma, de modo que já virou rotina sair deletando quase automaticamente os emails viróticos, limpar o que não presta e, só depois, começar a ler o que interessa. Mas se a leitora ainda se sente insegura, o mais importante é ter sempre atualizado e rodando um bom antivírus. E também tenha muito cuidado com qualquer email que peça para clicar em um link dentro da própria mensagem. Estas remessas podem ser armadilhas muito bem preparadas para enganá-la, aparentemente enviadas por bancos, por sites inocentes que entregam mimosos cartõezinhos, empresas de turismo e ofertas comerciais de todo tipo. Muitas vezes vem na mensagem um texto parecido com "clique aqui para receber um cartão enviado por um amigo seu", mas quando você clica no tal link vai parar em um lugar completamente diferente e, geralmente, perigoso.
Se você receber um email que tenha links no corpo da mensagem, tem dois jeitos de fuçar as entranhas da remessa, caso desconfie de armadilha. O primeiro é bem simples. Se você usa o Outlook Express, dê um clique em cima do link usando o botão da direita do mouse, depois selecione "Copiar atalho". Abra o bloco de notas (Iniciar / Acessórios / Bloco de Notas) e dê um Ctrl-V para colar o atalho lá dentro. O que vai aparecer é o link verdadeiro onde você cairia se clicasse com o botão esquerdo. Vá se acostumando a identificar esses links malditos. Se terminarem com a extensão "exe", então pode ter certeza que é pura roubada. Desconfie também de extensões bat, com, pif, scr e zip.
O segundo método é ver toda a estrutura interna da mensagem recebida. Para isso, clique na mensagem suspeita e tecle Ctrl-F3, maximizando a tela depois com Alt-espaço-X. Este macete é mais recomendado para quem realmente gosta de fuxicar essas coisas. Aparecem todos os cabeçalhos internos da mensagem e todos os códigos escondidos do usuário comum. Se houver armadilhas, elas aparecerão todas nessa tela, que é geralmente cinza. Para sair dela, tecle Alt-F4.
Arquivos atachados, esses então, são os mais temíveis. Nunca abra um anexo a não ser que tenha certeza absoluta do que está fazendo. Mesmo que pareça ter sido enviado por gente conhecida, há grande risco de ser encrenca, principalmente se o texto estiver em inglês.
Outra coisinha que tem irritado muito a galera emailadora é receber reclamações indevidas de envio de spam. Vá se acostumando, pois a tendência disso é piorar muito. Os vírus mais recentes falsificam o remetente. Assim, às vezes alguém recebe um email contaminado aparentemente enviado por você. Se o destinatário não conhece ainda essa manha dos vírus, acaba se zangando com você e manda email reclamando. Tenha calma e explique com jeitinho prá criatura.
O leitor Ricardo Gomes L. Costa enviou duas boas sugestões a respeito para quem quer conhecer o lado de dentro da Microsoft. A primeira é um artigo do WinSuperSite, que mostra a história do Windows NT até chegar ao Windows 2003, retratando o dia-a-dia de como fazer um Windows na Microsoft. Tem muita coisa interessante, além de dezenas de curiosidades como, por exemplo, que todas as versões do Windows levam cerca de 12 horas para serem compiladas, já que o tamanho do código-fonte aumenta proporcionalmente à capacidade de compilação dos mainframes. São três páginas em inglês, mas vale a pena. A segunda sugestão é o Channel9, um site mantido pelos funcionários da Microsoft que contém fóruns e wikis onde é possível se comunicar diretamente com os times de desenvolvimento de Redmond, fazendo sugestões e críticas aos produtos da empresa. Lá pode-se obter notícias do Internet Explorer: o browser não está morto. O time de desenvolvimento do IE tinha sido redirecionado para outras áreas como o MSN Explorer e o Messenger, e apenas um pequeno grupo continuou trabalhando nele para as atualizações de segurança. No entanto, os que temporariamente saíram já estão de volta ao time, trabalhando no polêmico recente Service Pack do Windows XP, que traz novos recursos para o IE. Em tempo, o copyright do browser deste já consta como válido até 2004. A versão 7.0 do Internet Explorer virá junto com o Longhorn.
Se a leitora gosta de baixar um MP3zinho, sugiro que dê uma revisitada no bom e velho software WinMX, que está na versão 3.53 e cheio de boas novidades. O programa evoluiu muito. Se já o conhecia de antes, merece nova tentativa. E se não conhecia, vale a pena experimentar. Está bem diferente das versões antigas, altamente instáveis e travadoras de máquina. E o melhor de tudo é que o acervo está absolutamente impecável, riquíssimo em raridades. Tem gente encontrando no WinMX coisas que não acha em nenhum outro lugar. Aproveite enquanto tem.
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