O GLOBO - Informática Etc. - Carlos Alberto Teixeira
Artigo: AutoCAD 2000 - Escrito em: 1999-05-05 - Publicado em: 1999-05-10


AutoCAD 2000


Tradicional software de CAD da Autodesk sofre reformulação completa e oferece inúmeras novas facilidades

Na semana passada, a Autodesk <www.autodesk.com> realizou em São Paulo o Planet Autodesk, Conferência Internacional e Exposição de Soluções em CAD. Na ocasião, a empresa lançou a nova série de produtos Design 2000, cujo carro chefe ainda é, como não poderia deixar de ser, o consagrado software AutoCAD, com seu novo nome AutoCAD 2000. Os novos produtos abrangem as áreas de engenharia e construção, desenho mecânico, sistemas de informações geográficas (GIS) e multimídia. O evento contou com a presença de parceiros da Autodesk, integradores, revendas e fabricantes de workstations e de monitores, entre outros.

O AutoCAD 2000 representa um marco na história do mais popular programa de CAD de todos os tempos. Não apenas é superior pelo ganho em produtividade que proporciona, mas também ressalta todo o gigantesco esforço de rearquitetura do programa inteiro, um trabalho árduo que teve início há cinco anos, visando construir uma plataforma de projeto mais moderna. A nova versão é a mais rica em facilidades e a mais amigável que já se produziu. Foram introduzidos mais de 400 melhoramentos no software, projetados e implementados com tal apuro e atenção aos detalhes, que os clientes alfa ficaram boquiabertos logo que começaram a explorar a nova versão. O AutoCAD 2000 marca a transição da antiga aplicação para desenho 2D baseada em DOS para uma legítima plataforma 3D orientada a objetos, plenamente otimizada para Windows. Afinal, são 15 anos de estreito contato com os clientes, aprimorando o produto final através das longas e batalhadas "Wish-Lists" e sempre contando com a aprovação dos revendedores e da base instalada. Quanto ao "número", a Autodesk costumava batizar as primeiras versões na seqüência, por exemplo, 2.3 até 2.9. Depois adotou o número do release, pulando da versão 2.9 para o Release 9. Continuou nessa bossa com os releases 10 até 14. Segundo Ajay Kela, vice-presidente da AutoCAD, para simbolizar a virada radical para o novo milênio, a empresa resolveu divergir da nomenclatura "release N+1", escolhendo o nome AutoCAD 2000.

Dentre as novidades do produto destaca-se o Multiple Design Environment (MDE), que possibilita o trabalho com diversos arquivos ao mesmo tempo, além da importação e exportação de elementos ou desenhos de versões diferentes. Há também o AutoCAD DesignCenter (ADC) que facilita o acesso às informações de atributos de elementos ou de desenhos inteiros num dado projeto. O ADC oferece também uma ferramenta de pesquisa, com a qual se pode vasculhar desenhos em busca características específicas. Diversas facilidades aplicadas ao trabalho colaborativo também foram introduzidas no AutoCAD 2000, cujo design avançado faz com que sirva de plataforma para os mercados verticais da empresa, estendendo as inovações para as áreas de desenho mecânico, geoprocessamento e AEC. Essa nova filosofia de projeto já foi aplicada no desenvolvimento de outros novos produtos, lançados também nessa oportunidade, quais sejam: AutoCAD Architectural Desktop R2, 3D Studio VIZ R2, Mechanical Desktop R4, AutoCAD Mechanical 2000, AutoCAD Map 2000, Autodesk MapGuide, Actrix Technical e o fabuloso 3D Studio MAX R3, cuja versão anterior, a 2.5, foi utilizada em modelagem, renderização e animação em filmes de sucesso, como MIB (Men In Black) e Perdidos no Espaço.

Para acabar de vez com a dúvida de usuários hesitantes entre se devem ou não fazer o upgrade, a Autodesk aponta várias razões para que o façam: facilidade em acessar e reutilizar desenhos, gerenciamento mais eficaz de objetos, inovações significativas com relação aos procedimentos de plotagem, novas facilidades de projeto dinâmico, trabalho mais rápido com menus de atalho, compartilhamento e acesso a projetos via Web, conectividade com bancos de dados externos, possibilidade de customizar qualquer aspecto do ambiente graças ao novo Visual LISP e uma admirável assistência na migração, aprendizado e suporte, tudo isso dentro do próprio software. Essa poderosa argumentação pode ser consultada em detalhe em <www.autodesk.com/products/acad2000/upgrade/topten.htm>.

A equipe de desenvolvimento do AutoCAD 2000 suou a camisa para não exigir que os usuários tivessem que fazer um upgrade de máquina antes de migrarem para a nova versão. Assim, os requisitos de sistema do AutoCAD 2000 em muito se assemelham com os do AutoCAD 14, a saber: Windows 95/98 ou Windows NT 4.0, uma máquina baseada em Pentium com processador de no mínimo 133 MHz, 64 Mb recomendáveis de memória RAM (com 32 já roda), 100 Mb livres em disco para uma instalação típica, 64 Mb livres para área de swap, placa de video e monitor 800x600x64, drive CD-ROM 4x e um dispositivo apontador, seja mouse ou mesa digitalizadora.

Segundo Lilian Moraes da Deskgraphics (021) 509-4026, empresa revendedora da Autodesk, o preço do AutoCAD 2000 para o usuário final é de US$ 3.831,00. Um upgrade, para quem já possui uma versão oficial dos releases 12, 13 ou 14, sai por US$ 1.150,00. Lilian, bem como diversos outros revendedores consultados, reclama da terrível onda de pirataria que assola nossas terras, especialmente quando se trata de um software caro e complexo como este. Diversos revendedores estão desistindo dessa fatia de mercado, pois sobejam piratas profissionais vendendo CD-ROM's de AutoCAD a partir de R$ 20,00. Contra isso a Autodesk tem sido bastante rígida, investindo pesadamente em ações legais contra esses criminosos. Como recurso adicional, os revendedores costumam lançar promoções para pequenos escritórios e usuários acadêmicos, oferecendo preços mais em conta.

Para obter informações completas sobre as novas e surpreendentes facilidades do AutoCAD 2000, recomenda-se fazer o download do bem ilustrado e completíssimo documento Word 97 de 1,49 Mb em <www.autodesk.com/products/acad2000/features/features.exe>, um arquivo auto-extraível.


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