Fundamentos de Luta Greco-Troiana

Modalidade pugilística muito em voga durante o Império de Lenisócrates III de Nicea, este violento esporte caiu no esquecimento depois que, durante visita à Ucrânia, o neto do avô do imperador, numa luta amistosa, sofreu um traumatismo ucraniano. Enfia porrada nele !

Voltou-se a praticar a Luta Greco-Troiana na década de 20 nos subúrbios de Limoges, na França. O ritual da luta é seguido à risca até hoje, trajando o lutador mais graduado uma bem cuidada cartola (A) e ostentando um penteado caprichosamente preparado no estilo Topete Corvoisier (B).

As posturas são fruto de anos de práticas perseverantes e sua precisão é irretocável. Golpes antológicos, como a afamada "Flexão Kleon dos Pés do Mestre" (C), a temível "Garra da Môsca Doida" (D) e a monstruosa "Pegada Esmagadora de São Menescal" (E), só podem ser executadas por instrutores exímios preparados segundo as severas normas do Templo Ábrittis Ézamo.

Baixa o sarrafo !

Quando o praticante sobrevive ao legendário teste de combate do Mestre Mel Akwecka, ele adquire o privilégio de envergar a fabulosa e mil vezes invejável Gravata Hapér Tagüella (F), que lhe faculta ensinar a nobre arte nas terras entre os paralelos 29 e 32 ao Sul do Equador, mas somente aos fins-de-semana e nos meses ímpares.

Vai, mata, esfola !

Foi surpresa geral quando, numa contenda realizada em Antofagasta, Chile, em 1978, o mestre sueco Zé Bolinha aplicou o assombroso golpe conhecido como "Ovos Mexidos" (G) em seu adversário, já preparando um "Gancho da Mãe Santa" (H) com a mão esquerda e equilibrando-se primorosamente no contrapé numa base conhecida pelos adeptos como "Apoio de Nureyev-Barishnikov" (I).

Opa, assim já é baixaria !

 

É claro que também há técnicas ilegais, como o hediondo "Ósculo da Lisboeta" (J) e a desprezível "Mão Crespa do Pescador" (K).

Comemorações da vitória

 

De acordo com as mágicas tradições desta bela modalidade, o combate só se dá por encerrado quando um dos oponentes, seguindo os ritos solares dos Maias, consegue jogar o outro para o alto, rumo ao Sol, ocasião em que é saudado pelos presentes com os tradicionais gritos cerimoniais "Ótimo!" e "Lindo!", pronunciados em idioma grego arcaico.

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