Progrès, a Máquina Maravilhosa

Progrès, um extraordinário artefatoNão faltou quem se opusesse à criação deste fabuloso aparelho. Alegavam razões as mais estapafúrdias possíveis. Uns asseveravam que suas esposas teriam suores fétidos à noite. Outros temiam que os vapores produzidos pela maquinária lhes fariam coçar a virilha.

Por fim, após diversos protótipos terem sido destruídos pela massa ignara de insatisfeitos, o aparelho foi inaugurado e testado nos abismos do passo de Khaibar, entre o Afeganistão e o Paquistão, numa tarde tempestuosa e ameaçadora.

A bandeira que no alto da máquina tremula é a da província de Jujuy, Argentina, onde nasceu o aguerrido engenheiro Tomász Yoshimoto Queiroz, que projetou as pseudo-nadadeiras do veículo, e foi morto por pistoleiros em Kabul.

A cena que vemos na ilustração é justamente segundos antes da destruição do fabuloso engenho, ao se enredilhar em fios elétricos, causando uma terrível explosão que por completo desintegrou o implemento. O infeliz casal que tão alegremente acenava para o Progrès teve as orelhas arrancadas e os dedos incinerados. Mas seus chapéus, por incrível que pareça, nada sofreram.

Uma engenhoca supimpa, sem dúvida.

Clique bem aqui e você voltará.