Na semana passada, pesquisadores ingleses julgaram ter encontrado aquela que seria a melhor piada do mundo, a partir de uma pesquisa feita na internet pelo LaughLab. O experimento durou um ano, com internautas do mundo inteiro votando em anedotas em inglês. O responsável pela pesquisa foi o psicólogo Richard Weisman, da Universidade de Hertfordshire, que coordenou a tabulação das 2 milhões de respostas recebidas, com opiniões sobre as 40 mil piadas em julgamento, oriundas de 70 países. Os participantes deram suas notas às piadas usando uma escala de cinco pontos. A piada vencedora foi submetida por um psiquiatra de 31 anos, residente em Manchester. Vou reproduzi-la aqui, mas antes me vejo na obrigação de advertir a leitora para que tenha cuidado, pois caso contrário poderá morrer de maneira fulminante, de tanto rir: Dois caçadores na floresta. De repente, um se sente muito mal e cai. Sua respiração pára e ele fica pálido. O outro liga imediatamente para a ambulância e pergunta o que fazer. O médico atendente informa que, em primeiro lugar, é preciso se acalmar e, depois, ter certeza que o amigo está realmente morto. O doutor aguarda e, após algum silêncio, ouve o som de um tiro, e o homem volta ao telefone dizendo: "OK, já tenho certeza que ele está morto. E agora, o que faço?" Se a leitora sobreviveu às convulsões das gargalhadas, meus parabéns. Seja como for, há que se respeitar o resultado da pesquisa. Analisando os resultados, houve uma surpresa com relação aos alemães que, a despeito da imagem de gente mal-humorada, acharam que quase todas as piadas apresentadas eram muito engraçadas. Com relação à Grã-Bretanha, Austrália, Irlanda e Nova Zelândia, o povo desses países ri mais com piadas fazendo jogo de palavras. Americanos e canadenses apreciam piadas em que os personagens são pessoas estúpidas. Europeus, no geral, apreciam temas surreais ou anedotas que tratem com leveza de temas sérios como doença, morte e casamento. Na Escócia, piadas sobre a morte são as campeãs. A escolha da anedota gerou uma reação mundial entre os humoristas. Quem melhor relatou esta repercussão foi Buck Wolf, do ABCnews.com. Em primeiro lugar, houve revolta com o fato de o governo britânico ter patrocinado a pesquisa, através do British Association for the Advancement of Science. Se investiram grana numa coisa sim, em que outras bobeiras estariam torrando o dinheiro do contribuinte britânico? Buck foi atrás de vários comediantes e humoristas profissionais no mundo inteiro para saber o que acharam da escolha da dita melhor anedota e quase nenhum achou que ela merecesse ter vencido. Há na web a estranha mania de se premiar sites. Um site premiado é o que ostenta um ou outro banner em sua página principal, indicando que foi ganhador de algum concurso ou que venceu alguma disputa de acordo com uma regra qualquer de julgamento. Como exemplos de prêmios para sites, tempos o "Political Site of the day" (site político do dia), o "Excellent Site Award" (prêmio de excelência de sites), o "Powerful Programmer" (programador poderoso), e o "Out of This World Award" (prêmio de site fora desse mundo). Os critérios são os mais disparatados possíveis e os prêmios contam-se aos milhares, uns curiosos, outros valiosos, mas na maior parte ridículos ou inexpressivos. Mais estranho ainda é que alguém decidiu montar um índice desses prêmios, chegando a listar mais de 1.500 honrarias. Está tudo no site francês Awards.Online da Stratégie Internet. Na página de buscas, é possível digitar palavras-chave como argumento de pesquisa ou então clicar na letra inicial do nome do prêmio. Bill Thompson, da BBC, sugere uma nova versão para o velho adágio:  "Se me deres um peixe, eu me alimento hoje. Se me ensinares a pescar, comerei sempre."  Ele propõe o seguinte:  "Se me deres informação, responderás uma de minhas perguntas. Se me puseres online, poderei encontrar resposta a quase todas as perguntas." Mais de 600 milhões de pessoas têm acesso à internet, enquanto cerca de 5,5 bilhões não estão online, sendo que a maioria destes desplugados vive fora dos países desenvolvidos do Ocidente. Sem dúvida, a internet cria grandes oportunidades para escolas e comunidades, mas muitos países ainda põem na balança, de um lado a informatização e o acesso à rede, e de outro os problemas sociais prementes, como educação, saúde e acesso a água limpa. Mas é preciso lembrar que, em muitos casos, a internet é uma importante via para outros recursos, permitindo acesso a melhorias na qualidade de vida antes inimagináveis para os menos favorecidos. C Agradecimento especial ao leitor Andrés Esteban de la Plaza, que encontrou um proxy público que ultrapassa o bloqueio dos sites militares americanos (vide coluna anterior). Estudioso de ocultismo, como se pode ver em sua página pessoal, Andrés provou ser também um bom fuçador, descobrindo o SafeProxy, a solução que procurávamos para furar o filtro dos sites ".mil". Ele nos dá uma outra dica, o "AXcel216´s Max Speed WinDOwS", um site cheio de dicas sobre os produtos da família DOS/Windows.

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