O GLOBO - Informática Etc.
Carlos Alberto Teixeira
C@T

Mamatas grátis acabando

Artigo: 565

 Mais um serviço gratuito na internet deixa usuários na mão

Publicado em:  2003-04-14
Escrito em:  2003-04-10

 

Quando a internet começou a se popularizar pra valer, há coisa de seis ou sete anos, surgiram várias ofertas de serviços grátis na rede: emails, hospedagem de páginas, redirecionadores de correio, redirecionadores de páginas, fax via email, acesso a newsgroups Usenet, álbums de fotografia, em suma, era um verdadeiro paraíso. Com o passar do tempo, fomos vendo cair uma a uma dessas ofertas, para desespero dos pobres usuários. E não adiantava reclamar, pois sempre havia uma cláusula esperta eximindo o site de responsabilidade naquelas licenças cheias de ressalvas jurídicas que a gente quase nunca lia e ia clicando logo no "ok", na hora de instalar uma bugiganga na máquina.

Em meados de 1998, o site Rename.Net lançou um redirecionador grátis de URL (Uniform Resource Locator), ou seja, de endereços de páginas web. Eles compraram vários domínios na Áustria, cujo final é ".at", e foram registrando verbos em inglês. Uma vez que "at" é uma preposição inglesa similar à nossa "em", ficava fácil formar frases curtas no corpo de um URL comum. Se o internauta tivesse um endereço web longo e difícil de memorizar, bastava usar o serviço gratuito de redirecionamento e divulgar o endereço mais curto. O Rename.Net formou assim um vasto leque de sugestivas opções de redirecionamento, como: shop.at, buy.at, learn.at, stop.at, e assim por diante.

Pareceu trote de primeiro de abril, mas não era. Justamente nesse dia fatídico em 2003, a Rename.Net anunciou que estava descontinuando o redirecionamento gratuito de toda a sua linhagem de sites ".at". E mais, estava colocando os domínios à venda: banking.at e banker.at (US$10.000), sell.at (US$5.000), stop.at (US$5.000), now.at (US$5.000), baseball.at (US$5.000), athletics.at (US$5.000), soccer.at (US$5.000). Bem, há cinco anos eu vinha contando com o "stop.at" e, infelizmente, não tenho grana para arrebatar o domínio. Portanto, fui um dos milhares de internautas que dançaram nessa. Assim, o antigo <http://stop.at/cat> virou <http://catalisando.com>, que na verdade sempre foi o endereço real por trás do redirecionamento, lá no bom, velho e confiável provedor Inside, aqui em Botafogo.

Quanto aos serviços gratuitos que ainda restam, um dos mais tradicionais continua sendo o do "Yahoo!", com suas páginas gratuitas e suas numerosíssimas listas no Yahoogroups. Não se sabe quanto tempo ainda vão continuar prestando estes excelentes serviços sem cobrar nada. Se algum dia resolverem mudar as regras do jogo, o que não é nada improvável, muita gente vai chorar lágrimas amargas. Esperamos que demore muito a chegar este dia.


Antigamente, para cuidar de uma criança, bastava ficar de olho nela. É claro, isso dá trabalho, requer atenção contínua. Mas a Humanidade, como sabemos, está se tornando cada vez mais preguiçosa, tanto que várias engenhocas eletromecânicas foram inventadas para aliviar o esforço de vigiar uma criança, sendo que muitas delas não vingaram. Numa nova tentativa de revolucionar o mercado de vigilância infantil, está previsto para junho de 2003 o lançamento de um dispositivo chamado KidTracker. Custando US$ 179, este aparelhinho apresenta um display que indica com uma seta a direção e a distância da criança perdida. É claro que ela precisará usar o tempo todo um penduricalho eletrônico. O alcance é de 360 metros e há um alarme especial caso a criança retire sua unidade ou se aproxime de água. A unidade central que fica com o responsável pode controlar até três crianças ao mesmo tempo. Cada pirralho tem seu próprio identificador único, de forma que não haja interferência se houver outro KidTracker por perto. Paredes e grandes objetos não são obstáculos ao alcance do sistema.


 Uma das maiores barreiras para o internauta brasileiro ainda é a do idioma. Os sites mais irados e as informações mais atualizadas estão quase sempre em sites escritos em inglês. Para quem não tem condições de encarar um curso convencional de inglês, há várias soluções na web. Mas, sem querer chegar a tanto, uma boa ajuda pode ser encontrada na lista gratuita EFR2. Diariamente, o assinante recebe uma mensagem curta contendo um pequeno texto, geralmente anedótico, em inglês, acompanhado da tradução das palavras menos comuns. Para quem tem alguma noção do idioma, é uma boa ferramenta para ir ampliando seus conhecimentos.


Ainda recebo emails de gente que lê trechos desta coluna no jornal impresso e fica sem saber qual o endereço web do serviço, produto ou tecnologia anunciados. Basta olhar lá no final da coluna e visitar o link que é sempre informado. A leitora sabe que web links são longos e ocupam valioso espaço aqui na página impressa. Assim, quando sentir falta de uma referência web num tópico dessa coluna, pode ir direto na versão online que lá encontrará todos os links necessários para uma boa navegada. E onde diabos fica a tal versão online? A chave é data de publicação da coluna. Tomemos como exemplo a do dia de hoje: 14 de abril de 2003. Pegue o ano: 2003, o mês: 04 e o dia: 14, e junte tudo, formando a tripa 20030414. Coloque antes dessa tripa, o endereço do acervo das colunas já publicadas: "http://catalisando.com/infoetc/". E depois da tripa, coloque a terminação típica das páginas web: ".htm". E pronto, você sempre poderá montar o endereço web onde encontrará os links da coluna publicada numa certa data. Juntando tudo isso que foi explicado, aqui vai o endereço do texto hiperlinkado de hoje: <http://catalisando.com/infoetc/20030414.htm>.

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