A MALDIÇÃO DA PRIVADA RASA (ou do cocô longo)

Carlos Alberto Teixeira.
http://catalisando.com/maldicao
Icaraí, sábado, 26 de abril de 2008, 10h10

Acabo de ir ao gabinete e ocorreu-me fenômeno que considero um tanto desagradável e que gostaria de compartilhar com os amigos, na esperança de, talvez, obter algum feedback ou comentários seus, como sempre, edificantes e oportunos.

Trata-se do seguinte. Algumas vezes, ao sentar-me no trono e obrar, como sói, percebo um incomumente acentuado olor de bosta evoluindo-me pelo vão entre as pernas e alçando asas no éter, invariavelmente atingindo-me as ventas.

Nas primeiras vezes em que isso se deu, pus-me a evocar explicações lógicas para o fato. Uma delas que me veio à mente foi a possibilidade de ter-me havido algum desajuste intestinal, do tipo pré-diarréia, que motivasse alteração ou intensificação do habitual cheiro de merda.

Ou seja, na curta trajetória de queda livre do morno tolete, entre a porta de saída e o plácido lago do vaso sanitário, a substância cagada exalaria um fedor tão concentrado que, mesmo em tão curto átimo, alertaria o pobre sentido do olfato com uma nota de alarme.

O fato é que o tempo, a experiência e a cuidadosa observação científica provaram que tal teoria não procedia.

Dediquei, então, mais atenção ao fato e concluí o que se passava.

Como se sabe, o recipiente que contém água na privada tem profundidade finita. Em algumas situações, por motivo que me escapa por completo, o nível de água de tal receptáculo pode estar um pouco abaixo do normal. Com isso, no momento em que a tripa fecal de algum jeito se acomoda na cavidade de porcelana, acaba deixando uma parte considerável exposta acima da linha d'água, melhor dizendo, em contato com a atmosfera do planeta.

Isso também se dá, mais raramente, nos casos em que a privada está devidamente cheia d'água, mas o bolo cagado supera em volume o limite esperado, seja a peça bostal do tipo enroladiço, seja ela de estrutura quase retilínea, como acontece às vezes, constituindo o chamado cocô longo.

Em ambos os casos, o que sobrevém é uma emanação fétida muito além do normal, conspurcando o ambiente de forma violenta e quase traumática, motivando o indivíduo cagante a encerrar imediatamente o serviço, limpar-se com a rapidez de um corisco e abandonar o aposento o quanto antes.

Conclusões sobre o acima relatado, não há. Remédio para tais situações, não consigo pensar em nenhum. Deixo apenas o registro de um percalço mais ou menos corriqueiro, que pode ocorrer com qualquer criatura de Deus, e sobre o qual ainda não vi qualquer escrito elucidativo, razão pela qual ousei abordar tão deselegante tema, antecipando meu pedido de perdão caso tenha ofendido alguma alma mais dócil.

- c.a.t.

Seção de feedbacks

de: Adilson Cabral
data: 26 de abril de 2008 12:07

É sobre o universo e tudo aquilo que o circunda MESMO!!!;-)

Mas como diria minha mãe em tão conturbadora hora:

come mais flores, bebe mais perfumes!;-)

Abraços,

Adilson

de: Celso Japiassu
data: 26 de abril de 2008 12:43

A culpa toda é do peido, CAT. Aquele que antecede, acompanha e muitas vezes prossegue junto ao fluxo bostal.

[]s

cj

de: DaniloN
data: 26 de abril de 2008 14:27

Bobagem cat,

Vc simplesmente peidou... :-)

de: DivListas
data: 26 de abril de 2008 16:25

Respondendo a Carlos:

> A MALDIÇÃO DA PRIVADA RASA (ou do cocô longo)

Seus problemas acabaram...

Chegou ZIPCAGATOR TABAJARA(R).

Com o ZIPCAGATOR TABAJARA(R) você não correrá mais o risco de morrer intoxicado com suas próprias emanações fecais, ao comparecer a labuta diária de obrar.

O ZIPCAGATOR TABAJARA(R) é portátil e pode ser levado a qualquer lugar, evitando o desconforto e a vergonha de emporcalhar o banheiro da casa de sua namorada, por exemplo.

Confeccionado em cano de PVC com 1 polegada de diâmetro e um adaptador anal para fazer as devidas correções de tamanho (a mais ou a menos, dependo do caso) é um dispositivo simples e eficaz.

Seu formato permite inclusive o conforto de cagar em pé, evitando ter que sentar em vasos de sanitários públicos.

O dispositivo contém inicialmente uma área de depósito fecal e em seguida um sistema tríplice (patenteado) de trituração fecal. A primeira lâmina faz tchum, a segunda faz tcham e a terceira transforma o que sobrar em pó.

Na sequência o pó passa por filtros que contém essências a escolha do usuário e através de um sistema químico o odor de fedentina é transformado num delicioso perfume.

Só então os resíduos podem ser jogados no vaso ou embrulhados para presente, se opcionalmente o cagante achar mais proveitoso.

A vantagem adicional é que o adaptador anal contém um gel lubrificante e desinfectante que já limpa a área utilizada, evitando o desconfortável uso do papel higiênico.

Trata-se de um produto descartável, do qual não recomendamos a reutilização e muito menos o compartilhamento. Futuramente o refil poderá ser comprado em qualquer farmácia ou banca de jornal.

O refil dos perfumes florais deve ser trocado periodicamente, dependendo da quantidade produzida pelo cagante.

ZIPCAGATOR TABAJARA(R) e nunca mais você vai ter que cheirar o que vem lá do seu fundo.

de: Orlando Graeff
data: 26 de abril de 2008 16:52

Querido Amigo,

Há soluções práticas, tendo em vista que sou hoje um cidadão objetivo e pragmático, em todas as áreas, salvo aquela em que se envolve a prática das atividades sexuais, nas quais há que existir certa duração e demora, em si.

A primeira é que seja ingerido bastante carvão ativado, coisa que pode ser adquirida nas boas casas do ramo, retirando quase por completo o olor de que se queixa meu amigo, porém observando que não é possível, definitivamente, cagar flores;

A segunda, talvez mais simples, haja vista não requerer metodologia e cuidados pessoais, em si, permitindo comer o que se quer, quando se quer ou QUEM se quer: GLEID aerosol de parede. Com ele, você não precisará "fazer cocô na casa do Pedrinho".

[...]

Tenho concluído,

Graeff

de: Raphael Perret
data: 27 de abril de 2008 23:29

C@t, em geral o fedor fecal é inversamente proporcional à qualidade da alimentação. Quanto mais gorduras, calorias e doces forem ingeridas, pior é o cheiro. É verdade.

Espero ter contribuído para a eliminação de suas dúvidas.

[]s, Raphael.