O GLOBO - Informática Etc. - Carlos Alberto Teixeira
Artigo: 343 - Escrito em: 1998-03-17 - Publicado em: 1998-03-23


Apelidos muito perigosos


Se você usa Exchange para mandar e-mail, abra o olho. Um colega nosso, Michael Bacon <[email protected]>, mandou mensagens para um grupo de usuários e quase se deu mal. Ele usa nicknames (apelidos) para diversos usuários em seu address book e descobriu que este software, sob certas condições, envia o apelido junto com a mensagem. O motivo do susto do Michael é que ele mantém vários apelidos secretos em seu cadastro, muitos deles ofensivos à pessoa em questão. Mantém os tais nicknames em sua máquina pessoal, apenas como maneira fácil de se lembrar deste ou daquele destinatário. Imagine se você mantém em sua lista de endereços um nick "mocréia" para uma representante de marketing, ou "fedorento" para um colega inimigo de banho, e de repente aparecem os tais apelidos nas mensagens que você manda para esses infelizes...

No embalo das burradas via e-mail, um outro usuário, que prefere se manter anônimo, postou sem querer, em newsgroups da Usenet, certa mensagem de cunho estritamente pessoal. Seu nome completo aparecia no header da mensagem e ele teve a maior trabalheira para mandar apagar o texto dos servidores Usenet. Diz o mancebo que conseguiu a façanha, muito embora tenha eu lá minhas dúvidas. Quando ele pensava que estava tudo certo, descobriu no DejaNews <www.dejanews.com> que a maldita mensagem estava gravadíssima no acervo do site. Pesquisando em diversos outros sites que gravam o histórico de newsgroups, descobriu que suas confidências ainda estavam ao alcance do mundo inteiro. Até agora ele continua lutando para eliminar o fatídico artigo de todos os repositórios de newsgroups, mas, cá entre nós, acho que ele não vai conseguir. Portanto, muito cuidado antes de postar algo na Usenet. Nosso colega até hoje se encontra em situação embaraçosa por causa da famigerada mensagem. Bem, pelo menos no DejaNews ele já deve ter conseguido "nukar" a mensagem, pois basta visitar <www.dejanews.com/forms/nuke.shtml> que ele pega as dicas todas para realizar a façanha.


Pesquisar material para escrever para vocês é sempre uma aventura. É uma festa de links, surpresas e descobertas. Encontro tanta, mas tanta coisa interessante nessa rede que dá vontade de parar de comer e de dormir e ficar só escrevendo o tempo todo. Pena que a quantidade de ruído e asneiras que existem na Internet é tão grande, o que faz desse trabalho de pesquisa algo extremamente cansativo e demorado. Mas há horas que a gente esbarra em cada coisa do arco-da-velha. Não sei se você vai ter paciência de ler um relatório de 85 páginas em inglês, que encontrei por puro acaso. Só garanto que eu vou. Anote: <http://jya.com/stoa-atpc.htm>. O resto deixo por sua conta, lembrando sempre o hábito do bom fuxiqueiro Web, ou seja, sempre que encontrar um site interessante, vá visitando as URLs hierarquicamente superiores dentro do endereço corrente, suprimindo "palavras" da direita para a esquerda, até encontrar o maldito "404 Not Found" ou outra mensagem do mesmo calibre.


Passei anos respirando GIS (Geographic Information Systems) e batendo cabeça atrás de material, programando em AutoLisp em ambiente AutoCAD e lutando por um livrinho aqui e uma referência ali, naquele terrível mundo pré-Internet. Hoje, se precisasse de qualquer coisa nessa área, bastaria visitar a lista de links de GIS da Universidade de Edimburgo, Escócia. Se é o seu caso, a URL é <www.geo.ed.ac.uk/home/gis www.html>. E, como quem gosta de GIS geralmente é afeito também a cartografia, visite a coleção de mapas da Universidade de Harvard, em <http://icg.fas.harvard.edu/~maps/>.


Estou escrevendo aqui na Exponet 98 no Anhembi, em Sampa. Peguei este micro ligado à rede, mas sem programa de mail. De repente chega um camarada no micro ao lado e, como de costume, meu olho se estica para a tela dele. O safado digita <www.readmail.com> e começa a ler o e-mail dele numa boa de dentro do browser. Eu gostei da sacada e puxei assunto. Conversa vai, conversa vem e resolvi testar. Funciona lindamente, com um porém: você tem que informar via browser a sua password no servidor POP. Êpa, que é isso, meu chapa? Leia o FAQ do site e descubra que a coisa toda funciona num CGI escrito em C++ que guarda todos os dados exclusivamente em memória, ou seja, nada é gravado em disco. O autor do programa jura que não grava a sua password em lugar algum. Dá para acreditar? Sugiro que a leitora guarde esse site na memória, a cerebral, e use-o apenas numa situação de sufoco, como esta que eu estou enfrentando aqui agora.


Outros artigos do CAT publicados no mesmo dia:

Clique da morte, o terror que ronda seu Zip drive

(Veja também o desdobramento do artigo acima, na semana seguinte)

Microsoft bate pestanas para as pequenas empresas


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